Milho

A semana foi de preços firmes para o milho, novamente. Os fundamentos também não passaram por grandes alterações, ou seja, a dinâmica das comercializações no mercado interno continua ditando o rumo dos preços.

O mercado segue pouco ofertado, produtores continuam com expectativas de novas valorizações para o cereal, e por isso, aguardam para negociar novos lotes em horizonte mais longo.

Por outro lado, compradores estão mais atuantes no mercado, resultando em pressão positiva aos preços.

A novidade da semana ficou para o leilão dos estoques públicos da CONAB, vendendo 99% da oferta de 50 mil toneladas, com alguns lotes mostrando ágio em relação ao valor proposta na abertura.

Novo leilão já foi confirmado para o próximo dia 5 de dezembro, onde serão ofertadas 52,25 mil toneladas.

Boi gordo

A oferta de animais continua escassa, o que só deve melhorar a partir de janeiro com a chegada dos animais de pasto.

Mas as sucessivas altas agora parecem estimular novas vendas, com ligeiro avanço das programações de abate em alguns estados. Este é o caso das escalas médias em São Paulo e no MS, ampliando-se para 7 dias úteis.

As escalas ligeiramente mais folgadas, combinado com maior dificuldade de escoamento da carne no atacado neste período do mês, desenham um cenário de correção dos preços no curto prazo.

As correções parecem já se refletir no indicador Esalq/B3, fechando com recuo de 0,89%, em R$ 228,95/@, a mínima e máxima foram registradas em R$ 216,35/@ e R$ 239,52/@, respectivamente.

Na B3, os contratos para os meses mais próximos também passaram por ajustes negativos. O dezembro, contrato mais negociado do dia, fechou em R$ 215,25/@ (queda diária de R$ 11,30/@).

Soja

Após o feriado ontem (28) do Dia de Ação de Graças nos EUA, as negociações devem ser parcialmente retomadas hoje.

Os futuros da soja em Chicago caíram expressivamente recentemente, o contrato para janeiro/20, por exemplo, tem registrado valores menores a cada pregão desde o dia 19 deste mês, acumulando queda de 3,25% – alcançando o menor patamar desde o dia 11 de setembro deste ano.

A retórica comercial que se arrasta desde meados de março de 2018, combinado com estoques mundiais mais elevados colaboram para a pressão negativa, neste sentido, a expectativa é que o Brasil obtenha outra safra cheia, estimadas atualmente em 120 milhões de toneladas.

Por fim, as negociações perderam força ontem, devido ao fechamento de Chicago pelo feriado norte-americano, mas também pelo recuo do dólar (queda de 1,0%, para R$ 4,215).