Milho

O Departamento de Agricultura dos EUA divulgou ontem o seu novo relatório de acompanhamento de safra, com destaque para 41% da safra já colhida, contra 61% de média dos últimos 5 anos.

O USDA também calcula que 58% da safra está em boas ou excelentes condições, 10 p.p. abaixo do mesmo período do ano passado.

Além disso, a proporção das áreas em boas condições subiu de 45% para 47% entre os relatórios semanais, enquanto as lavouras em situações péssimas ou ruins perderam 2 p.p.

As cotações seguem pressionadas negativamente em Chicago, com avanço da colheita e melhora das condições das lavouras norte-americanas.

O contrato para dezembro/19, por exemplo, abre o pregão hoje (29) em campo negativo e já acumula baixa de 3,5% nas últimas duas semanas – a parcial fica em US$ 3,83/bushel.

Boi gordo

A semana iniciou com preços firmes para a arroba do boi gordo no mercado físico. A dificuldade em adquirir boiadas prontas continua como principal driver do movimento altista.

A baixa oferta de carne ao atacado tem colocado preços gradualmente mais altos para a carcaça casada bovina, mesmo na segunda metade do mês (período de menor consumo sazonal).

O boi casado avançou 1,56% na última semana, fechando com média no atacado paulista em R$ 11,37/kg. Nos últimos 30 dias acumula alta de 6,61%.

O spread (diferença de preços entre a carne bovina vendida no atacado e a arroba do boi gordo), fechou a quarta semana de outubro em 1,81% – é a maior média mensal desde junho, quando alcançou 4,21%.

Ontem (25), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 164,60/@, baixa de 1,14% no comparativo diário, e o destaque para mínima, registrada em R$ 157,35/@.

Soja

Em relatório semanal de acompanhamento das lavouras divulgado ontem pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), 62% das áreas foram colhidas, contra a média em 78% dos últimos 5 anos.

Além disso, 97% das lavouras de soja perderam suas folhas, proporção próxima a média dos últimos cinco anos de 99%.

A menor possibilidade de neves e geadas já vinha diluindo o risco climático para a safra americana nas últimas semanas, com o recente período mais seco nos EUA permitindo novos avanços a campo, e pressionando negativamente as cotações em Chicago.

O contrato para janeiro/20, por exemplo, caiu 1,13% ao final da última semana, e registra novas quedas de 0,32% nesta manhã (29).

As condições climáticas nos EUA estão colocando preços menores para suas commodities, mas resultados concretos da relação entre EUA e China pode conseguir mexer novamente com este cenário no curto prazo.