Campo de batalha
Frigoríficos e pecuaristas forçam negociações e preços, mas escalas se mantém estáveis desde o início do mês
Boi Gordo 
Na sexta-feira, o mercado do boi gordo apresentou fraqueza na maioria das praças. Os frigoríficos pressionaram os preços que recuaram no comparativo diário, com destaque para o Pará que viu a cotação recuar 0,95% e atingir R$ 207,66/@. O físico refletiu no mercado futuro, com destaque para o vencimento de out/24 que apresentou o maior recuo diário de 0,56%, encerrando o dia R$ 240,00/@.
Durante a semana, os preços permaneceram firmes no mercado físico, mas o aumento dos contratos a termo ajudou os frigoríficos a manter as escalas ainda longas e a moderar a alta recente nos preços. Em alguns estados, os frigoríficos ainda enfrentam dificuldades nas compras, mas a maior oferta de animais confinados esperada para agosto pode aliviar a situação. No curto prazo, o mercado continua estável, com a média nacional das escalas de abate em 9 dias úteis, o mesmo nível desde o início de jul/24.
Milho 
Impulsionado pela demanda, os preços do cereal registram firmeza no interior com a referência Campinas/SP nos R$59,00/sc. Pequenas oscilações no campo negativo foram observadas para os futuros do cereal na última sexta-feira na B3, refletindo a desvalorização das cotações da commodity na CBOT, apesar da variação positiva do dólar ante o real. O contrato para setembro/24 (CCMU24) recuou 0,50% e fechou o pregão regular de 26/07 cotado a R$ 61,08/sc.
Reagindo ao movimento negativo do trigo, do complexo soja e do petróleo WTI, os futuros de milho registraram perdas ao longo da última sexta-feira na Bolsa de Chicago, após uma sequência de altas diárias. O contrato futuro de milho para setembro/24 (CU24) desvalorizou 2,83% e terminou a sessão de 26/07 cotado a US$ 3,95/bu.
Soja 
A forte queda na CBOT trouxe leve acomodação aos preços da oleaginosa no mercado brasileiro. A saca em Paranaguá/PR encerrou a semana recuando para próximo de R$140,00/sc.
Quedas superiores a 3% chegaram a ser contabilizadas para os futuros do grão de soja durante a última sexta-feira em Chicago, acompanhando a derrocada dos preços do óleo de soja na CBOT devido a questões relacionadas à política ambiental nos Estados Unidos. O contrato futuro de soja para novembro/24 (ZSX24) retrocedeu 2,87% e encerrou a 6ª feira cotado a US$ 10,49/bu.