Acabou boi de pasto e falta boi de cocho
Preços do boi gordo avançam pelo interior do país com oferta de gado restrita, negócios acima de R$ 215,00 já são vistos no centro-oeste brasileiro.
Milho
O milho seguiu sustentado nesta terça-feira no mercado físico, as cotações do cereal em São Paulo continuam a rondar a faixa dos R$ 49,00/sc, mesmo com a pressão negativa do dólar e da CBOT dificultando a sustentação deste patamar. Os prêmios para o milho brasileiro no porto de Santos já estão a US$ 1,10/bu e dão sustentação ao cereal. Na B3, o dia foi de calmaria, com o vencimento para setembro/20 encerrando o dia estabilizado em R$ 48,85/sc.
Nos EUA, o dia foi no negativo para o milho, o vencimento para setembro/20 recuou 1,54% estabelecendo-se em US$ 3,20/bu, o menor patamar desde o dia 26/06/2020. Com as condições boas/excelentes do milho norte-americano melhorando 3 p.p., e sem o anúncio de novas compras chinesas, a cotação do cereal na CBOT não se sustentou, recuando forte nesta terça-feira.
Boi gordo
No mercado de boi gordo o ambiente continua otimista. Algumas negociações em patamares além dos R$ 225,00/@ começam a aparecer lentamente nas praças paulistas, o que aumenta as expectativas para retomada dos R$ 230,00/@ vistos no final do ano passado. A grande verdade é: acabou o boi de pasto e também falta boiada de cocho. Neste cenário, os preços continuam caminhando com firmeza.
Na B3, a barreira dos R$ 220,00 foi rompida na última semana. O contrato de agosto encerrou o dia em R$ 226,05, com alta diária de 0,92%. Já o outubro, um dos contratos chaves e mais negociados, chegou a terça-feira em R$ 223,75 (+0,58%).
Soja
No mercado físico brasileiro de soja poucas novidades surgem no radar, mesmo com dólar e CBOT recuando as cotações no físico seguem sustentadas por uma forte disputa do mercado interno e exportação, que já faz o prêmio no porto de Paranaguá chegar aos US$ 1,70/bu.
Em Chicago o dia foi negativo, o vencimento para setembro/20 encerrou com queda de 1,22%, cotado à US$ 8,88/bu. Assim como no milho, a melhora nas condições das lavouras aliado a ausência de compras da China fez as cotações da oleaginosa nos EUA reduzir fortemente.
Agrifatto