Alto pra carpir, baixo pra roçar e molhado pra tacar fogo
Ausência de novos fatores sobre a precificação mantém um viés de acomodação para as cotações de soja e milho na CBOT. Na B3, os futuros de milho voltam a se aproximar de importantes mínimas num movimento de correção técnica, impulsionado também pela baixa do dólar.
Milho
O mercado físico encerra a semana estabilizado na referência de negócios nos R$58,00/sc em Campinas/SP. Acompanhando o movimento negativo da taxa de câmbio e dos futuros em Chicago, além do comportamento favorável das chuvas para o desenvolvimento do milho safrinha no Brasil, os futuros do cereal registraram perdas durante a última sexta-feira na B3. O contrato mai/24 (CCMK24) retrocedeu 1,66% e terminou o pregão regular de 26/04 cotado em R$ 56,94/sc.
Tímidas oscilações de baixa foram observadas para os futuros de milho ao longo da última sexta-feira em Chicago, refletindo a alta do Índice Dólar (DXY) que tende a impactar negativamente as commodities agrícolas na CBOT, além do bom andamento do plantio do cereal nos EUA. O futuro de milho para jul/24 (CN24) variou -0,44% e finalizou a 6ª feira (26) cotado em US$ 4,50/bu.
Boi Gordo
Receosos com a redução do volume de chuvas e buscando aproveitar o mercado um pouco mais firme, os pecuaristas “apareceram” mais para as negociações durante a semana. Mato Grosso foi a praça que emplacou a maior valorização, com valorização de 1,84% no comparativo semanal e a arroba bovina fechando a semana cotada a R$ 218,28.
Na B3, os contratos futuros avançaram, o vencimento para mai/24 fechou a última sexta-feira a R$ 232,70/@, com alta de 0,34%. Já o vencimento para out/24 registrou um menor avanço, com alta de 0,14% ajustado em R$ 244,65/@.
O mercado atacadista da carne bovina enfrentou uma semana com “banho de água fria”. A semana começou com expectativas de que as cotações da carne com osso fossem emplacar valorizações com os preparativos para o início do mês e a aproximação do dia das mães. No entanto, a semana terminou com o boi castrado a R$ 15,50/kg, sem variações, mas a carcaça do boi inteiro e a novilha emplacaram queda em uma semana que se esperava alta. A motivação para isso está na maior quantidade de carne que foi colocada no mercado desde quarta-feira, ocasionando em sobras no início da sexta-feira.
Soja
A semana encerra com a precificação da oleaginosa em Paranaguá/PR no patamar de R$128,50/sc, com liquidez reduzida no mercado brasileiro.
Os futuros do grão de soja encerraram a sexta-feira em território negativo na CBOT, diante das indicações de bons volumes de chuvas favorecendo o plantio da oleaginosa nos EUA e reagindo também ao movimento de baixa do farelo em Chicago. O futuro de soja para jul/24 (ZSN24) recuou 0,21% e fechou o pregão de 26/04 cotado em US$ 11,77/bu.