Clima pesa no milho enquanto soja oscila
Milho recua diante da expectativa positiva para a segunda safra e do bom ritmo de plantio nos EUA, enquanto a soja registra queda no mercado físico e movimentações mistas nas cotações futuras em Chicago.

Milho

No mercado interno, o milho iniciou a semana com pouca variação, cotado a R$ 80,49 por saca na praça de Campinas/SP. Fechamento negativo para as cotações futuras de milho na B3. O clima de otimismo com a segunda safra ganhou espaço no mercado nos últimos dias, com o início da colheita se aproximando, os preços sentiram a pressão. A demanda mais retraída no disponível e a queda nos preços em Chicago também pressionaram os preços. O contrato maio/25 (CCMK25), fechou o pregão regular a R$ 75,59/sc, queda de 2,00% frente ao pregão anterior.

Queda para as cotações futuras de milho em Chicago nesta segunda-feira. O bom ritmo de plantio nos EUA, mesmo que 1 p.p. mais lento que o mesmo período de 2024, e o clima favorável traz boas expectativas em relação a safra que pode ser recorde. Além disso, as cotações do trigo em queda também favorecem o movimento. O contrato de milho para maio/25 (ZCK25), encerrou o pregão cedendo 0,68% frente ao pregão anterior, cotado a US$ 4,75/bu.

Boi Gordo 

No mercado físico do boi gordo houve recuo generalizado nas praças monitoradas no país. Tocantins liderou os recuos do dia, com a arroba do boi gordo desvalorizando em 1,70%, no comparativo diário, sendo negociada a R$ 292,69. Na B3, o panorama foi majoritariamente negativo. A maioria dos contratos encerraram o dia em baixa, com exceção do vencimento para abr/25, que avançou 0,08%, fechando a R$ 323,75/@.

As exportações brasileiras de carne bovina in natura registraram, na quarta semana de abril, o maior volume semanal já observado para o período desde o início da série histórica em 2021, mesmo com um recuo de 14,58% em relação à semana anterior, totalizando 52,22 mil toneladas. A expectativa para o mês é de embarque de 250 mil toneladas, o que, se confirmado, representará um novo recorde para abril. O preço médio da tonelada seguiu em alta pela sexta semana consecutiva, atingindo US$ 5,02 mil, o maior patamar em 12 meses, e a receita acumulada alcançou US$ 1,06 bilhão, um crescimento de 46,06% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Soja 

No mercado doméstico, a soja iniciou a semana registrando uma queda de 0,46%, com a saca negociada a R$ 132,42 na referência de Paranaguá/PR. A pressão sobre os preços refletiu a combinação entre a menor liquidez nas negociações e o aumento da oferta, favorecido pelo avanço da colheita.

As cotações futuras de soja fecharam esta segunda-feira em movimento misto em Chicago. Os contratos mais curtos subiram e os dois últimos contratos do ano (set/25 e nov/25) caíram. A expectativa de aumento nos mandatórios de biocombustíveis resultou em elevação nos preços do óleo de soja, influenciando as cotações do grão. Limitando a alta, as cotações do farelo de soja cederam. O contrato de soja grão com vencimento em maio/25 (ZSK25), encerrou o pregão cotado a US$ 10,52/bu, elevação de 0,21% frente ao dia anterior.