Âncora no mercado de grãos
O contexto de maior oferta de grãos a nível global, com órgãos elevando as estimativas de produção na Argentina, segue ditando o ritmo dos preços futuros de soja e milho. Apesar do recuo também observado para a taxa de câmbio, a moeda norte-americana permanece acima dos R$ 4,90
Milho
O mercado interno encerra a semana com baixas devido aos compradores mais retraídos, o preço do grão fecha próximo dos R$ 62,00/sc em Campinas/SP. Desvalorizações superiores a 2% marcaram os futuros de milho durante o último pregão da semana na B3, refletindo o avanço da colheita da safra de verão no Brasil e a competitividade da commodity em outras origens, como na Argentina. O contrato mar/24 (CCMH24) retrocedeu 2,88% e encerrou o pregão regular de sexta-feira (26) cotado em R$ 65,43/sc.
O cenário de elevada oferta de milho a nível global, com recordes de produção em 23/24 nos EUA e na China, além de uma safra cheia na Argentina, segue direcionando para baixo as cotações da commodity em Chicago. O contrato mar/24 (CH24) oscilou -1,22% e finalizou a sessão diurna de 26/01 cotado em US$ 4,46/bu.
Boi Gordo
Terminando a semana na mesma toada dos dias anteriores, com os pecuaristas tentando resistir a pressão baixista imposta pela indústria, no entanto, algumas regiões não conseguiram manter as cotações e cairam. Em Rondônia a desvalorização foi de 1,2% no comparativo semanal, com a arroba cotada a R$ 197,90. Na B3, o vencimento para jan/24, não teve alterações, no comparativo diário
e continuou cotado a R$ 246,50/@.
Com as vendas dos frigoríficos para os atacadistas melhorando, devido a preparação do varejo para a chegada do começo de fev/24, as programações de abate das indústrias foi pressionada. Assim os estoques que estavam confortáveis já demonstram uma necessidade maior de serem repostos e como os frigoríficos ainda enfrentam resistência dos pecuaristas em negociar, as programações de abate recuaram 1 dia na média nacional em relação a semana passada e se estabeleceram em 9 dias úteis.