Milho
Mesmo com as fortes desvalorizações do real em relação ao dólar, as negociações nos portos com o cereal brasileiro iniciaram a semana em menor ritmo.
Por enquanto, os amplos volumes sendo embarcados são contratos fechados anteriormente, destacando a importância de se acompanhar o desempenho do mercado externo nas próximas semanas.
E assim, a dinâmica do mercado doméstico é o que tem pesado mais para a precificação do milho neste momento, especialmente pelo ritmo cadenciado das negociações, limitando variações mais expressivas para o valor da matéria-prima.
Neste sentido, as altas do câmbio devem reajustar as indicações no físico, podendo motivar a ponta vendedora a fechar novos negócios.
E ainda, segundo informou o Departamento de Economia Rural do Paraná, o estado do sul do país já iniciou o plantio de milho da temporada de verão 2019/20, com semeadura de 1% da área prevista.
Os trabalhos ainda avançam de modo lento no estado, já que o período seco limita as operações a campo. A expectativa é que o estado plante 335,8 mil hectares de milho verão, queda de 6% em relação a temporada anterior.
Boi gordo
Ontem (27/ago), foram registradas negociações de R$ 160,00/@ (boi comum) no mercado físico paulista.
Com a aproximação do início de setembro, período em que o escoamento de carne bovina tende a se acelerar no atacado, as indústrias sobem as suas indicações para a recomposição das suas programações de abate.
Além do período de demanda relativamente mais aquecida, a disponibilidade de animais segue restrita, especialmente entre os frigoríficos menores, sendo este o pano de fundo para as indicações mais robustas no balcão.
E ainda, as exportações seguem aquecidas, colaborando para a sustentação dos preços pecuários. Com o país enviando 97,7 mil toneladas de carne bovina in natura nos primeiros 17 (dezessete) primeiros dias úteis de agosto/19.
Além disso, segundo dados divulgados pelo Departamento de Alfândegas da China, as suas importações de carne bovina chegaram a 152 mil toneladas em julho, um volume 82,9% maior frente o mesmo período do ano anterior.
Ontem (27/ago), o indicador Esalq/B3 fechou R$ 156,90/@, alta de 0,58% no comparativo diário.
Na B3, o contrato para outubro/19, com fechamento em R$ 160,40/@ – recuo de 0,30 pontos ante o fechamento anterior.
Soja
O mercado já começa a se preparar para a próxima safra brasileira, e neste sentido, o Instituto de Nacional de Meteorologia (Inmet), espera que as condições de precipitação fiquem ligeiramente abaixo do normal nos próximos três meses nas regiões centrais do país.
Segundo o Instituto, praças do MT, GO, TO e RO podem registrar chuvas entre a média para o período, ou entre 10 e 50 mm abaixo (considerando a média para os próximos 3 meses). Já em boa parte do MS, SP e sul do país, os volumes de chuvas devem ficar acima da média para os próximos meses.
Mas além disso, a expectativa é que a umidade em setembro continue menor, com um período de transição em outubro, até que as precipitações se mostrem mais consistentes ao longo de novembro.
Há de se destacar que as previsões podem passar por novas atualizações, mas até o momento, não colocam no radar condições ruins para o desenvolvimento da próxima temporada aqui no Brasil.