Milho
O expressivo recuo do dólar na última semana se refletiu em alívio para os preços do cereal no mercado físico, mas também afastando a ponta vendedora de novas negociações.
Na última sexta-feira, a queda de 0,91% para o dólar colocou a moeda norte-americana em importante suporte de preços, com fechamento em R$ 4,007. Na última semana, a queda acumulada ficou em 2,7%
Na esteira, o indicador do CEPEA também mostrou recuo, caindo 0,47% para R$ 42,81/sc.
No mercado físico, a desvalorização do dólar ampliou a diferença de preços buscados pela ponta vendedora e compradora, esfriando a comercialização no físico.
No sul mato-grossense as indicações de venda foram mantidas em R$ 32,00/sc, enquanto as propostas de compra recuaram para intervalor entre R$ 29,00 e R$ 30,00/sc.
Boi gordo
Na última sexta-feira (25) a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assinou dois acordos sanitários para exportação de carne termoprocessada e de farelo de algodão para China.
Além disso, a Ministra deu luz a possibilidade de novas habilitações nos próximos dias, o que ampliaria o número de plantas frigoríficas a exportar para o gigante asiático, atualmente em 89 plantas no total.
Na declaração ela informa que já entregou ao governo chinês a documentação necessária para autorização de mais 22 indústrias frigoríficas.
Segundo ela, as concessões podem acontecer no intervalo entre a visita do presidente Jair Bolsonaro ao país e a vinda do presidente Xi Jinping ao Brasil, marcada para o início de novembro no encontro dos BRICS (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Sexta-feira (25), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 166,50/@, alta de 2,02% no comparativo diário, com máxima registrada em R$ 174,47/@.
Soja
O mercado da soja também foi impactado pela variação cambial, refletindo em acomodação dos valores no físico, além de diminuição de novas negociações.
E acordos no porto de Paranaguá que tinham alcançado patamares ao redor de R$ 88,50/sc na última semana, agora têm novo equilíbrio ao redor de R$ 86,50/sc – queda de R$ 2,00/sc após os recuos do câmbio.
Outro ponto que continua no radar são as chuvas neste início de temporada brasileira, com temor de chuvas esparsas na região Central do país nos próximos dias. E assim, os acumulados nesta semana devem ficar entre 15 e 30 mm nas principais regiões produtoras.
Espera-se que as chuvas sejam mais frequentes a partir do próximo mês, gerando mais preocupação com a janela de plantio do milho safrinha no próximo ano, do que impactos imediatos para a soja no curto prazo.