Oferta mantém preço do boi gordo firme em todo o país
Frigoríficos sofrem para originar animais em todo o país, e com isso preços seguem firmes e para cima. No entanto, a cotação da carne bovina no atacado dá sinais de esgotamento.
Milho 
Com a semeadura da 1ª safra do milho começando a dar sinais de preocupação e o dólar se fortalecendo, a última semana se encerrou com a cotação do cereal no mercado físico paulista atingindo os R$ 62,00/sc, rompendo assim mais um recorde nominal de preços do milho brasileiro. Na B3, a sexta-feira fechou com o vencimento novembro/20 cotado à R$ 63,46/sc, variando 1,28% positivamente.
De olho no relatório trimestral de estoques que será divulgado pelo USDA na próxima quarta-feira, o mercado de milho nos EUA fechou a semana com uma leva correção para cima, o vencimento para dezembro/20 ficou cotado à US$ 3,65/bu, subindo 0,48% no comparativo diário. É esperado um leve aumento no comparativo anual dos estoques de cereal norte-americano.
Boi gordo 
Mercado firme e pouco ofertado, é o que se observa nas principais praças pecuárias do País. A grande dificuldade em realizar negócios continua como fator determinante para os avanços das cotações do boi gordo, a pressão altista se mantém no curto prazo. Em São Paulo, as programações de abate avançaram, fechando a última sexta-feira (25) em 7,0 dias úteis, acima da média parcial anual.
Já na B3, o final da última semana foi de estabilidade. O setembro, contrato que vencerá na quinta-feira (30), encerrou o dia estável em R$ 253,00/@. O outubro avançou 0,68%, cotado a R$ 251,85/@. Cabe a ressalva, de que o movimento de alta do boi gordo pautado na oferta começa a sofrer resistência pelo preço da carne bovina no atacado, que não está conseguindo avançar.
Soja 
Com a valorização do câmbio que atingiu os R$ 5,55 e dos prêmios nos portos brasileiros que também registraram alta, a soja brasileira voltou a colocar o pé no acelerador e viu os negócios de R$ 150,00/sc voltarem ao radar no mercado físico. A última semana do mês se inicia com os sojicultores brasileiros de olho no clima no centro-sul do país, buscando o momento ideal para iniciar o plantio da oleaginosa, que deve ganhar força a partir da 2ª quinzena do mês de outubro/20.
Nos EUA, as negociações dos futuros de soja na CBOT continuaram “mornas”, as quedas sucessivas dos últimos dias foram interrompidas por uma valorização de 0,40% no vencimento mar/20, que atingiu os US$ 10,01/bu, voltando a romper a barreira dos US$ 10,00/bu.
Agrifatto