Milho
Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior continuam a demonstrar fracos envios de milho brasileiro, mesmo com o preço quase 200% maior que em abril/19, o total enviado de 5,73 mil toneladas gerou uma receita de apenas US$ 3,37 milhões – valor que representa menos de 5% do total gerado em abril/19. A tendência é que os envios de cereal continuem tímidos até julho/20, quando a safrinha deve começar a ser escoada pelo Brasil.
Enquanto que no Brasil o dólar pressiona as cotações do milho, com o contrato para julho/20 encerrando a segunda-feira (27/abr) a R$ 44,92/sc. Nos EUA a cotação do cereal busca mais uma vez mínimas históricas, ficando cotado a US$ 3,05/bu, queda de 3,40% frente ao fechamento da sexta-feira. Esse valor rompe os valores pós-crise de 2008 e dá ao produtor as mesmas condições de preços de 27/09/2006, quando o cereal nos EUA atingiu US$ 3,03/bu.
Boi gordo
A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgou ontem (27/abr) o volume exportado de carne bovina in natura até a quarta semana de abril, que somaram 96,50 mil toneladas e uma receita de US$ 421,75 milhões. A média diária ficou registrada em 6,03 mil toneladas – avanço de 12,08% em comparação ao mesmo período do ano passado. O valor médio por tonelada registrou-se em US$ 4.370,63, aumento de 15,65% quando comparado com o valor médio de março/20.
Com relação ao mercado interno, os relatos são de boas vendas durante o final de semana, tanto no atacado quanto no varejo. A acentuada procura pelas carnes de segunda (dianteiro) continuou, o que proporcionou um alívio dos estoques que devem ser reabastecidos durante essa semana pelos abates já realizados nos últimos dias.
Soja
Responsável por 88% do faturamento do mês de abril/20 no setor agropecuário, os envios da soja brasileira continuam acelerados, foram encaminhadas 13,22 milhões de toneladas até o 16º dia útil de abril, um avanço de 84% frente ao número do mesmo período do ano passado. Ainda que o preço da tonelada vendida esteja um pouco menor no comparativo anual, a receita gerada com as vendas da oleaginosa já bateram o total de todo o mês de abril/19.
Com o dólar rondando a casa dos R$ 5,70, a expectativa é de um forte fluxo de envios internacionais, principalmente para a China, já que a soja brasileira está muito competitiva frente a norte-americana e argentina. Os preços no mercado interno continuam bem estabelecidos na casa dos R$ 107,00/sc no mercado físico, enquanto que nos EUA, o valor do contrato para maio/20 voltou a ficar abaixo dos US$ 8,30/bu.