Milho

O dólar começou a semana com novas altas expressivas, subindo aos maiores patamares em quase 1 ano. A valorização de 0,37% colocou o dólar à vista em R$ 4,139 no fechamento de ontem (26/ago), o maior valor desde 18 de setembro de 2018.

O fortalecimento encontra suporte nas incertezas do ambiente externo, com o mercado cada vez mais cauteloso com a disputa comercial entre EUA e China, cenário que se arrasta há mais de um ano sem pistas de quando deve encontrar uma solução.

Além disso, incertezas sobre a capacidade dos bancos centrais em evitar que a economia mundial perca tração, também adiciona outro fator de prudência.

O fato é que as fortes valorizações mantêm as commodities agrícolas brasileiras competitivas nos portos brasileiros, colaborando para suporte de preços no balcão e também em bolsa.

Ontem, o Ministério da Economia divulgou os dados das exportações semanais, com o país embarcando 6,28 milhões de toneladas nos 17 primeiros dias úteis de agosto.

A média diária em 369,9 mil toneladas, representa alta de 34,7% frente o ritmo de embarques do mês anterior, além de avanço de 201% ante agosto do ano passado. Um novo recorde está no horizonte.

Boi gordo

A semana começou com programações mais encurtadas, reflexo da maior dificuldade das indústrias em originar animais para as escalas.

O cenário é de oferta gradualmente mais regulada na maioria das praças analisadas, oferecendo firmeza aos preços de balcão, e gerando expectativas positivas para a arroba na virada do mês.

Sobre o mercado externo, a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou do 4º Diálogo Brasil-Japão, e afirmou que propôs ao ministro japonês, que o Japão abrisse mercado para carne bovina do Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia.

O Japão costuma importar carne de países livres de febre aftosa sem vacinação, nesse sentido, vale destacar a liberação de plantas do Uruguai em fevereiro deste ano (com status “livre de aftosa com vacinação”) a exportar carne bovina para o país asiático.

Ontem (26/ago), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 156,00/@, queda de 0,06% no comparativo diário.

Na B3, o contrato para outubro/19, com fechamento em R$ 160,70/@ – alta de 0,25 pontos ante o fechamento anterior.

Soja

Apesar do forte avanço do dólar sobre o real ontem (26), colocando o câmbio nos maiores patamares em quase um ano, as negociações nos portos começaram a semana mais calmas.

O fato é que operadores se afastaram das negociações, enquanto o mercado absorvia os novos comentários acerca da disputa comercial sino-americana.

Ontem, novas declarações acalmaram os mercados globais, com os dois lados mostrando-se mais dispostos a buscar por uma nova trégua. Entretanto, o assunto continua sendo delicado, sem sinalizações claras de um acordo no curto prazo.

No início desta semana o USDA também atualizou seu relatório semanal de acompanhamento da safra, subindo 1 p.p. para as lavouras em boas condições, e retirando 1% das áreas em situações ruins.

E assim, a proporção em boas/excelentes condições passou para 57% (ante 56% da semana anterior), as áreas regulares foram mantidas em 30%, e ruins/péssimas foram revisadas para 13% (ante proporção de 14% no último boletim).