Contrassenso no complexo soja ?
Com estimativa de safra recorde nos EUA, derivados da oleaginosa dão força ao grão na CBOT influenciados por menor oferta na América do Sul e conflito no Oriente Médio influenciando o petróleo.
Milho  
Vindo de uma semana de boa recuperação, o milho fecha esse início de semana em queda de 0,47% em relação a sexta-feira, deixando a saca no valor de R$ 59,74. Apesar de queda, mercado apresenta firmeza de preços, com produtores segurando estoques e compradores subindo cada vez mais a pedida para estimular mais negócios e puxar cotações para baixo. Movimentações mistas foram observadas para os futuros de milho nesta segunda-feira na B3. Apesar da queda dos futuros da commodity em Chicago, o movimento mais estável do dólar em relação ao real e a firmeza dos preços domésticos do cereal também refletiram sobre as cotações na bolsa brasileira. O contrato para setembro/24 (CCMU24) oscilou -0,23% e terminou o pregão regular de 26/08 cotado a US$ 60,09/sc. Influenciados pelos dados do crop tour da Pro Farmer nos EUA e pela queda dos preços do trigo na CBOT, os futuros de milho começaram a semana em território negativo na Bolsa de Chicago. O contrato para dezembro/24 (CZ24) desvalorizou 1,15% e fechou a sessão diurna de segunda-feira cotado a US$ 3,87/bu.
Boi Gordo 
A demanda aquecida joga a favor dos pecuaristas e fortalece os valores do boi gordo. A necessidade de cumprir contratos de vendas externas, aliada à demanda firme no mercado interno, tem mantido as indústrias utilizando 100% da sua capacidade instalada. Com isso, mesmo com a grande quantidade de bovinos ofertados, as escalas não avançam, permanecendo em 9 dias úteis. O destaque foi para Minas Gerais, que teve um incremento de 0,56% no comparativo diário, com a arroba cotada a R$ 229,29. Na B3, também houve valorização em todos os contratos, com o vencimento para set/24 registrando um aumento de 0,74%, encerrando o dia a R$ 244,95/@, na comparação feita dia a dia. A terceira semana de ago/24 veio com tudo após desânimo causado pelo intenso recuo (46,27%) nos embarques de carne bovina in natura na semana anterior. Nesta última semana, a luz no fim do túnel deu as caras, com um avanço de 41,66% em relação à semana anterior, totalizando 54,32 mil toneladas embarcadas para fora do país. Esses resultados positivos levaram a uma revisão para cima da estimativa mensal, que agora projeta embarques de 208 mil toneladas de carne bovina in natura, representando um crescimento anual de 9,00% em comparação com ago/23.
Soja 
A saca de soja terminou essa segunda-feira cotada em Paranaguá/PR a R$ 130,03/sc, apontando uma queda ante ao último dia útil de 0,78%. No interior do país o mercado se mostra firme, respondendo às valorizações na CBOT e dólar. Apesar das estimativas recordes de produção e produtividade da soja norte-americana para a temporada 2024/25 reportadas pela Pro Farmer, importante consultoria privada nos EUA, a forte valorização do petróleo e o movimento positivo dos derivados trouxeram suporte para as cotações do grão na Bolsa de Chicago. O contrato futuro para novembro/24 (ZSX24) avançou 0,80% e encerrou a sessão regular de 26/08 cotado a US$ 9,81/bu.