Milho

Abril caminha para seus últimos dias, deixando registrado importante variação negativa para o milho neste período. O valor médio parcial neste mês ficou em R$ 36,84/sc.

Além disso, vale destacar o recuo de 8,12% desde o início do mês, já que a saca iniciou o período em R$ 37,80 e contou com último fechamento em R$ 34,72 (-0,60% na comparação diária).

Na esteira, a bolsa também sofreu ajustes, o contrato de maio recuou 6,50% desde o início de abril, e nesta manhã (26.abr) varia 0,18 para baixo, perdendo suporte gráfico e balizado em R$ 33,67/sc.

O vencimento para setembro caiu 6,75% desde o início do mês, mas encontra suporte mais forte e mantém a parcial em R$ 31,90/sc no pregão de hoje.

Os preços futuros já precificaram, em boa medida, a oferta maior pela safrinha, além de indicarem que novos ajustes deverão acontecer no mercado físico nas próximas semanas.

Por fim, as negociações no mercado físico acontecem de maneira pontual, com a ponta compradora originando necessidades de curto-prazo, e na expectativa de oferta mais confortável a partir de maio – quando os primeiros lotes deverão chegar ao mercado.

Boi gordo

Escalas maiores e expectativa de um volume ascendente de animais nas próximas semanas acarretam em quedas dos contratos futuros.

Mas o volume de chuvas pode continuar acima da média para o período, e se confirmado as previsões mais recentes, outono continuará mais úmido do que o habitual para o período.

E assim, as negociações no balcão podem seguir lentas e oferecer um tom mais gradual para os ajustes de preços no curto prazo.

Na média das praças levantadas pela Agrifatto, a arroba a prazo recuou 0,19% nesta semana. As escalas atendem, em média, a 6,6 dias. Em São Paulo, as programações estão no maior patamar de 2019, em 9,2 dias.

O avanço recente das escalas refletiu em recuos na B3. O vencimento abril caiu 0,22% e fechou em R$ 156,75/@. Já os contratos para maio e junho encerraram o dia em R$ 154,40/@ (-0,19%) e R$ 153,90/@ (-0,52%), respectivamente.

Já o vencimento outubro, motivado pela entressafra de capim e por uma possível demanda maior da China, segue trajetória altista desde o início de março e fechou em R$ 159,75/@ (-0,50%).

Ontem (25/abr), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 157,15/@ (-0,51%). Para liquidação dos contratos da B3 referentes a abril, a média parcial está em R$ 157,55/@ (2/5).

No atacado, a carcaça casada bovina recuou 1,21% ao longo da semana e está cotada em R$ 10,60/@.

Soja

A colheita na Argentina avançou para 50% da área cultivada, segundo informações da Bolsa de Cereais de Buenos Aires.

Com perspectiva de colheita de 55 milhões de toneladas, uma recuperação de 45% ante a quebra de safra da temporada anterior, quando o país vizinho colheu 37,80 milhões de tons.

No Brasil a colheita também se aproxima da reta final, com últimos levantamentos apontando para proporção acima de 92%, com a produção devendo ficar próxima a 114 milhões de toneladas.

E assim, amplia-se a percepção de disponibilidade confortável com o grão neste ano, pressionando as cotações mundiais. Em Chicago, as cotações dos próximos três meses têm se balizado entre US$ 8,55 e US$ 8,75/bushel.

Os preços no mercado doméstico responderam aos ajustes do câmbio (queda de 0,95% para R$ 3,95). Em Paranaguá as referências caíram 0,36% para R$ 75,45/sc (- 4,4% na comparação mensal).

Cotações parciais

Boi gordo
Abr/19: 157,00 / 0,00
Mai/19: 154,00 / -0,40
Jun/19: 154,00 / 0,00
Jul/19: 155,00 / 0,00
Out/19: 159,60 / 0,10

Milho
Mai/19: 33,62 / -0,23
Jul/19: 31,50 / -0,20
Set/19: 31,90 / 0,00
Nov/19: 34,15 / -0,05

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 18,93 / 0,00
Jul/19: 19,20 / -0,08
Ago/19: 19,39 / 0,00

Soja – CBOT
Mai/19: 857,75 / -1,50
Jul/19: 871,25 / -1,50
Ago/19: 876,25 / -2,50
Set/19: 881,50 / -2,50

Dólar comercial: 3,94

Dólar Futuro
Mai/19: 3942,00 / -9,50
Jun/19: 3953,00 / -7,00
Jul/19: 3972,00 / 0,00