Produtores esperando chuva
Irregularidade de chuvas e temperaturas elevadas marcam o final do mês de setembro no Brasil a medida que o plantio da safra de verão avança. Colheita de milho e soja nos EUA salta para 15% e 12%, respectivamente, até 24/set
Milho 
No mercado físico do milho os preços seguem em alta, devido a elevação do dólar e dos prêmios no porto, com o cereal sendo comercializado a R$ 56,00/sc em Campinas/SP. Pegando carona no movimento de alta da taxa de câmbio e das cotações externas da commodity, os futuros de milho acumularam ganhos nesta segunda-feira na B3, ponderando também o forte ritmo das exportações brasileiras. O vencimento nov/23 (CCMX23) avançou 2,02% e encerrou o pregão regular de 25/09 cotado em R$ 58,05/sc.
Apesar dos mapas indicarem temperaturas acima do normal para importantes regiões produtoras dos EUA, o clima em geral parece favorável para a colheita de milho no país e, durante esta segunda-feira, o USDA reportou um grande volume de venda (1,661 milhões de t) do cereal norte-americano com destino ao México. Neste sentido, o contrato dez/23 (CZ23) oscilou +0,84% e fechou a sessão diurna de 2ª feira (25) cotado em US$ 4,81/bu.
Boi Gordo 
O mercado físico operou com a demanda aquecida e pressão altista em todas praças monitoradas, com à retração de oferta de bovinos terminados, por conta disso a indústria encontra dificuldades no alongamento dias escalas para além de sete dias de abate, na média nacional. Do outro lado, os pecuaristas seguem liberando os bovinos de forma comedida para sustentar a valorização da arroba obtida nas últimas semanas. O mercado físico parece consolidar uma fase de reabilitação esperada há tempos. Em São Paulo, o bovino terminado encerrou esta segunda-feira (25/9) cotado a R$223,90/@, ajuste positivo de 0,9% na comparação diária. Na B3, os futuros tiveram movimentações positivas para todos os contratos, e o vencimento para out/23 teve incremento de 0,64%, precificado a R$237,00/@ na comparação diária.
Para o mercado de carne com osso, mesmo numa segunda quinzena do mês, sazonalmente considerado como período de baixo consumo, o movimento superou 50% em um final de semana comum, as altas temperaturas tirou o pessoal das casas e levou para as piscinas e churrasqueiras, As cotações se mantém estáveis, para a carcaça do macho castrado e inteiro estão precificado a R$15,00/kg.
Soja 
Com o avanço do dólar e dos futuros em Chicago, a soja se valorizou no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa iniciou a semana sendo comercializada a R$ 145,00/sc.
Os futuros do grão de soja iniciaram a semana em território positivo na CBOT, com os agentes monitorando o avanço da colheita nos EUA e o ritmo de vendas da commodity norte-americana, bem como o início do plantio da oleaginosa no Brasil. O vencimento nov/23 (ZSX23) variou +0,12% e acabou a sessão regular de segunda-feira precificado em US$ 12,98/bu.