Vai boizinho!
Mesmo diante de uma segunda quinzena de mês, boi gordo avança no físico e no futuro.
Boi Gordo
 Nesta sexta-feira (23/08), o mercado físico do boi gordo apresentou oscilações divergentes entre as praças. O destaque negativo foi o Pará, com uma queda de 0,29% no comparativo diário, com a arroba cotada a R$ 215,03. Em contrapartida, o Mato Grosso se destacou positivamente, com uma alta de 0,30%, encerrando a semana cotado a R$ 213,20/@. Na B3, todos os contratos futuros do boi gordo registraram alta no comparativo diário, exceto o vencimento para ago/24 que permaneceu lateralizado. O destaque positivo foi o out/24, que registrou alta de 0,43%, sendo cotado a R$ 246,45/@, o maior valor desde 10/07/2024. Fechando a semana com chave de ouro, houve valorização nos preços do mercado físico do boi gordo em todas as praças analisadas, indicando uma demanda firme e alinhada com a oferta, com estabilidade na escala média nacional, que permaneceu em 9 dias úteis. Na B3, a semana também foi positiva para as cotações dos contratos futuros. Além disso, houve um crescimento tímido no volume de contratos em aberto (futuro + opções) e as movimentações dos players permaneceram semelhantes. Os investidores institucionais reduziram sua exposição em PUTs sem alterar as CALLs, reforçando a percepção de que acreditam em uma valorização dos futuros do boi gordo.
Milho 
Os preços do milho fecham esta semana mostrando resiliência, sendo cotado nesta sexta acima dos R$60/sc – o que significa um avanço de 0,45% no comparativo semanal. Apesar de tímido, o avanço é significativo ao levar em conta que a semana foi marcada por um mercado mais apático, com volume de negócios bem baixo. A combinação da queda do câmbio no Brasil e dos futuros da commodity em Chicago resultou em perdas para os futuros de milho na última sexta-feira na B3. O contrato para setembro/24 (CCMU24) desvalorizou 0,41%, fechando o pregão regular de 23/08 cotado a R$ 60,23/sc. Seguindo a queda do trigo em Chicago e a expectativa de uma safra robusta de milho nos EUA na temporada 2024/25, os futuros de milho continuaram pressionados para baixo na última sexta-feira em Chicago. O contrato para dezembro/24 (CZ24) recuou 0,64% e encerrou a sexta-feira cotado a US$ 3,91/bu.
Soja 
E sendo altamente influenciado pela combinação do enfraquecimento do dólar frente ao real e pela demanda do grão norte americano, o mercado físico da soja encerra a semana estável nos R$131,00/sc. em Paranaguá/PR. Repercutindo a forte valorização dos futuros de óleo de soja e do petróleo WTI, bem como o movimento positivo do farelo, os futuros do grão de soja finalizaram a sexta-feira com altas superiores a 1% na CBOT. As novas vendas de soja norte-americana para a temporada 2024/25, reportadas pelo USDA, e a forte queda do dólar em relação ao real também contribuíram para a valorização do grão. O contrato futuro para novembro/24 (ZSX24) avançou 1,20% e terminou a sexta-feira (23) cotado a US$ 9,73/bu.