Preços sucumbindo em Chicago e na B3
Futuros agrícolas estendem o movimento de quedas em Chicago diante do cenário de elevada oferta e demanda mais enfraquecida pelas commodities norte-americanas. Já na bolsa brasileira, alguns futuros do cereal chegaram a atingir o limite de baixa durante a última sexta-feira (23)
Milho 
Em um ritmo lento de negociações do cereal, o preço da saca de milho se manteve no patamar dos R$ 63,00 em Campinas/SP. Expressivos movimentos de queda foram registrados para os futuros de milho durante a última sexta-feira na B3, refletindo o bom desenvolvimento do plantio da 2ª safra do cereal no Brasil, as boas perspectivas climáticas na Argentina e os níveis do preço de paridade de exportação no Brasil para o 2º semestre. O contrato mai/24 (CCMK24) retrocedeu 4,39% e fechou o pregão regular de 23/02 cotado em R$ 61,19/sc.
Os futuros de milho novamente contabilizaram perdas superiores a 1% ao longo da última sexta-feira em Chicago, acompanhando o movimento negativo dos futuros do complexo soja e do trigo na CBOT, além da queda das vendas do cereal norte-americano no comparativo com as semanas anteriores. O contrato mai/24 (CK24) variou -1,19% e finalizou a sessão diurna de 23/02 cotado em US$ 4,14/bu.
Boi Gordo 
O mercado físico encerrou a semana com as indústrias ajustando suas negociações, limitando ou alternando os abates devido às vendas inconsistentes no mercado atacadista. A próxima semana deve seguir a mesma toada, com o mercado em um momento de maior dificuldades e uma “queda de braço” intensa entre pecuaristas e frigoríficos, cenário que ocorre desde o início de fevereiro. Em Minas Gerais a arroba do boi gordo foi fortemente acometida pela pressão baixista e teve uma desvalorização de 3,1% no comparativo semanal, ficando cotada a R$ 220,80/@, em contrapartida, a arroba matogrossense demonstra resistência e teve valorização de 0,9%, cotada a R$ 212,90/@. Na B3, seguindo o ritmo do mercado físico, todos os contratos tiveram reajustes negativos. O vencimento para mar/24 recuou 1,1% e ficou cotado a R$ 232,10.
As escalas de abate seguem o movimento do mercado atacadista, com uma baixa demanda os estoques permanecem cheios e as indústrias conseguem manter as escalas alongadas. As programações dos frigoríficos seguem confortáveis, com avanço de 1 dia útil na média nacional em relação a semana passada se estabelecendo em 10 dias úteis. As escalas paulistas fecharam em 12 dias úteis, com 2 dias de avanço ante a sexta-feira passada.
Soja 
O doméstico sente as fortes movimentações de baixa em Chicago nessa sexta-feira, e a oleaginosa encerra o dia sendo negociada em torno dos R$ 117,00/sc em Paranaguá/PR.
Após o USDA reportar mais um fraco número de vendas semanais da oleaginosa norte-americana, totalizando apenas 55,919 mil toneladas até 15/02, abaixo do consenso de mercado e o menor volume semanal desde o início da temporada 23/24, os futuros do grão de soja continuaram renovando importantes mínimas na CBOT. O contrato mai/24 (ZSK24) oscilou -0,93% e terminou o pregão de sexta-feira cotado em US$ 11,42/bu.