Milho

Após o relatório semanal de acompanhamento de safras do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), mercado abre em campo positivo hoje (25).

O clima instável continua mantendo o ambiente desafiador para os trabalhos em campo, com o USDA informando que 96% da área foi plantada até a última semana, ante 92% do relatório anterior.

Os números vieram ligeiramente abaixo das expetativas do mercado, que projetava o plantio em 98% da área. Neste mesmo período do ano passado, 100% das lavouras já haviam sido semeadas.

Além disso, na semana passada, o boletim apontava que 59% das áreas estavam em boas e excelentes condições, no relatório atual, a proporção caiu para 56%.

As áreas em condições regulares passaram de 31% para 32%, e a proporção em condições ruins e péssimas subiu de 10% para 12%.

E assim, os preços futuros em Chicago avançam quase 1% nesta manhã, com todos os contratos negociados mostrando parciais acima de US$ 4,50/bushel.

Na esteira, os futuros do milho na B3 também avançam. No início do pregão hoje (25), o jul/19 valoriza-se 0,38 pontos e a saca tem parcial em R$ 38,33, já o contrato para set/19 ganha 0,63 pontos e baliza-se em R$ 38,78/sc.

Boi gordo

A liquidez do mercado físico pecuário deve aumentar nesta semana, com indústrias originando animais com maior avidez.

A virada do mês e a necessidade de comprar volumes maiores para atender a demanda maior na primeira quinzena de julho devem aumentar o número de negócios nos próximos dias.

Nesse cenário, os preços da arroba poderão passar por novos reajustes nas praças em que as escalas estão encurtadas e a oferta de animais terminados é restrita.

No mercado externo, as exportações de carne bovina in natura seguem em ritmo favorável. Os embarques dos 14 (quatorze) primeiros dias úteis de junho/19 contabilizaram um volume total de 83,12 mil toneladas e uma receita de US$ 320,48 milhões.

Se o ritmo diário se repetir ao longo da última semana deste mês, serão embarcadas 112,8 mil toneladas, um avanço de 107% ante o mesmo período de 2018.

Ontem (24/jun), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 151,15/@, queda de 0,49% ante o fechamento anterior.

Na B3, os contratos futuros recuaram em mais um dia de pouca liquidez em bolsa. O vencimento junho/19 caiu 0,23% e fechou em R$ 152,50/@. Já o contrato para outubro/19 recuou 0,30% e encerrou o dia em R$ 163,75/@.

Soja

Em relatório semanal de acompanhamento das lavouras, o USDA aponta que 85% da área prevista foi semeada, avanço de 8 p.p. contra a proporção em 77% da semana passada.

E assim como o milho, a área com soja já estava inteiramente plantada neste mesmo período do ano passado. A média dos últimos 5 anos fica em 97%.

Além disso, os números do USDA também vieram ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que acreditava que o plantio teria avanço para 87% da área na última semana.

E pela primeira vez para a safra 2019/20, o boletim trouxe as condições das lavouras de soja, com 57% em boas e excelentes condições (contra 73% no ano passado), 36% estão em condições regulares (ante 22% na safra passada), e 10% estão em condições péssimas ou ruins (contra 5% no ano anterior).

A soja também mostra valorizações em Chicago, embora sem força para renovar a máximas recentes. Os ganhos ficam ao redor de 5,00 cents/bushel nesta manhã (25), e o contrato para julho/19 baliza-se em R$ 9,14/bushel.

O dólar sobe 0,22% na primeira hora do dia, com parcial em R$ 3,835 – a correção positiva aproxima o câmbio dos patamares da última semana.