Milho

O mercado físico continua bastante fortalecido, especialmente pela atuação mais ativa da ponta compradora em novas negociações, de modo a renovar seus estoques nesta virada do ano.

O último indicador do CEPEA fechou a última semana fortalecido, com revisão positiva de 1,62% e fechamento em R$ 46,42/sc. Na última semana, acumulou alta de 6,10%, alcançando o maior patamar desde 09 de agosto de 2016 (em valores nominais).

E enquanto a procura pela matéria-prima ganha fôlego, o mercado continua pouco ofertado, com produtores voltados para os trabalhos com a soja a campo, além de expectativas de novos reajustes positivos para os preços do milho.

Neste sentido, a falta de uniformidade para o plantio da soja nesta safra 2019/20, deve impactar a janela ideal da semeadura do milho 2º safra, com possibilidade de prêmio climático e maior volatilidade no início do próximo ano.

Boi gordo

No atacado paulista, a carcaça casada bovina manteve o viés altista, acompanhando as altas da arroba.

O boi casado avançou 9,91% na última semana, fechando com média no atacado paulista em R$ 15,59/kg. Nos últimos 30 dias acumula alta de 31,05%.

O spread (diferença de preços entre a carne bovina vendida no atacado e a arroba do boi gordo), encerrou a terceira semana de novembro em 3,00%.

Com a escassez de animais prontos, a ponta compradora tem demonstrado dificuldade em renovar seus estoques, resultando em indicações cada vez mais altas.

Aliás, na última sexta-feira (22), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 228,80/@ – alta de 0,62% no comparativo diário, com a mínima e a máxima registradas em R$ 216,50/@ e R$ 233,53/@, respectivamente.

Soja

O mercado continua atento aos desdobramentos da disputa comercial entre EUA e China. Neste sentido, continua um cenário especulativo.

A semana começa com notícias mais otimistas em relação a retórica sino-americana, com declaração dos dois lados de que é possível alcançar a “fase 1” de um acordo entre os dois países.

A notícia acontece após uma semana de maior pessimismo, com o mercado acreditando que um acordo preliminar só seria alcançado no próximo ano.

O fato é que o cenário continua especulativo, com as cotações em Chicago respondendo a cada nova notícia. Na última semana, acumulou queda de 1,6%, mas abre a semana com altas de 0,39%.