Derivados ditam o ritmo
Complexo soja mantém sustentação em Chicago diante da demanda por processamento de soja nos EUA enquanto agentes monitoram tendência de melhora no curto prazo para as previsões de chuvas na América do Sul. Preços no Brasil recuam puxados pelo dólar fechando abaixo de R$5,00 na B3.
Milho
Com compradores e vendedores retraídos, o preço do milho segue de lado em Campinas/SP, onde o cereal é comercializado a R$ 59,00/sc. A continuidade de queda da taxa de câmbio juntamente com as cotações de milho em Chicago fizeram com que os futuros do cereal registrassem novas perdas na B3. O contrato nov/23 (CCMX23) retrocedeu 1,14% e fechou o pregão regular de terça-feira (24) cotado em R$ 59,20/sc.
Em Chicago, os futuros de milho contabilizaram o terceiro recuo diário consecutivo nesta terça-feira, refletindo o avanço da colheita do cereal norte-americano alcançando 59% da área até 22/out, segundo o USDA, acima da média dos últimos 5 anos e também o movimento de queda do trigo na CBOT. O vencimento dez/23 (CZ23) desvalorizou 1,27% e finalizou a sessão diurna de 3ª feira cotado em US$ 4,84/bu.
Boi Gordo
Aos poucos, os frigoríficos vão tendo sucesso na sua pressão baixista. Ainda que os preços no mercado físico do boi gordo não tenha recuado fortemente, as indústrias tem conseguido preencher suas escalas e com isso reduzem os valores oferecidos no “balcão”. Em Mato Grosso, o boi gordo encerrou a terça-feira (24/10), cotado a R$ 210,00/@, com recuo de 0,3% e 0,4% no comparativo diário e semanal, respectivamente. Na B3, o vencimento para nov/23 teve ajuste negativo de 0,72%, ficando precificado a R$ 240,05/@.
Para o mercado de carne com osso, as vendas no comércio varejista são consideradas razoáveis, com perspectiva de enfraquecimento durante a semana corrente, devido o enfraquecimento do consumo doméstico no ponto alto da segunda quinzena de outubro. Contudo, novembro se aproxima e traz a expectativa de uma movimentação consistente nos dez primeiros dias do mês. As cotações da carcaça casada do animal castrado e inteiro, ficaram estáveis, precificadas a R$15,50/kg e R$ 15,00/kg, respectivamente.
Soja
Com dólar e futuros em Chicago em sentidos opostos, o preço da soja pouco movimentou no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa segue sendo negociada próximo de R$ 145,00/sc.
Pegando carona na forte valorização do farelo de soja em Chicago, os futuros da oleaginosa terminaram a terça-feira no campo positivo na CBOT, com o mercado atento à confirmação das chuvas previstas para o Brasil, onde o andamento do plantio segue abaixo do ano passado. O vencimento nov/23 (ZSX23) valorizou 0,66% e fechou a sessão regular de 24/10 a US$ 12,95/bu.