Milho
Sem conseguir renovar as máximas, os futuros devolveram os ganhos ao longo desta semana.
Trata-se especialmente de uma correção técnica após os contratos em bolsa se inclinarem mais para o lado comprador. Os recuos acumulam-se ao redor de -2% desde o início desta semana.
O contrato de janeiro/20, por exemplo, que chegou a bater máximas em R$ 44,45/sc, agora mostra parcial em R$ 43,30/sc nos primeiros minutos do pregão hoje (25).
Os indicadores do mercado spot também interromperam sua escalada rumo a valores mais altos, indicando que o mercado pode ter alcançado agora um novo equilíbrio de preços.
Muito possivelmente, as negociações no físico continuarão pontuais, com o mercado travado seguindo como importante suporte às cotações. Por outro lado, as quedas cambiais e os avanços do plantio com a soja, são fatores que retiram parte da pressão aos preços do cereal.
Boi gordo
Um estudo realizado pela Agrifatto aponta que o desempenho das exportações de carne bovina in natura tem demonstrado alta desde a habilitação das novas plantas exportadoras para China.
Até o 14º dia útil de outubro, os envios de carne bovina in natura aumentaram 31,38% em comparação à média diária em setembro/19.
Vale a pena ressaltar que o preço médio da tonelada também avançou, registrando-se em US$ 4.396,09 – alta de 3,52% em relação a setembro/19.
Além disso, a arroba do boi gordo pelo Indicador Cepea/Esalq tem alcançado valores recordes nominais nas últimas semanas.
As habilitações das novas plantas frigoríficas a exportar carne bovina ao gigante asiático foram confirmadas no dia 9 de setembro, desde então, a arroba do boi gordo pelo indicador Cepea subiu 6,71%.
Soja
Os futuros da soja subiram em Chicago desde o início deste mês, o movimento se deu após diminuição das tensões entre EUA e China, alcançando o que foi chamado de ‘fase 1’.
O contrato para novembro/10 (o vencimento mais curto), subiu 1,4% neste mês. Entretanto, esta foi uma semana de certa estabilidade, com os contratos praticamente preservando os novos patamares alcançados, mas sem conseguir buscar níveis mais altos.
O fato é que o mercado segue cauteloso quando o assunto é a disputa sino-americana, já que os acordos entre os dois países têm se mostrados frágeis ao longo de mais de um ano de disputa.
No mercado interno, as cotações seguem com forte influência do câmbio. Neste sentido, o dólar buscou ontem um suporte forte, em R$ 4,00, mas encerrou o dia em valores mais altos, em R$ 4,04/US$ (alta de 0,2% em relação ao seu valor de abertura).