O mundo quer carne brasileira
Com uma terceira semana positiva para as embarcações de carne bovina, espera-se que sejam enviadas 200 mil toneladas para fora do país em fev/25.
Boi Gordo 
Segunda-feira de “marasmo” no mercado físico do boi gordo, sem grandes movimentações, as cotações se mostraram estáveis em grande parte do país. O destaque ficou com o Pará que registrou incremento de 0,59% no comparativo diário, com o boi gordo encerrando o dia a R$ 283,73/@. Já na B3, a movimentação foi mista para os contratos, com o vencimento de fev/25 indicando ajuste negativo de 0,21% ficando cotado a R$ 312,45/@, enquanto o vencimento para abr/25 registrou incremento de 1,26%, precificado a R$300,65/@.
Enquanto o mercado interno demonstra uma típica desaceleração de fim de mês, a demanda externa está a todo vapor e a terceira semana de fev/25 foi positiva para os embarques de carne bovina in natura para fora do país, já que os envios registraram um desempenho mais dinâmico, com um total de 53,29 mil toneladas embarcadas. A média diária atingiu 10,66 mil toneladas, refletindo um avanço de 1,58% em relação à semana anterior, além disso na comparação anual, houve um incremento de 38,21%. Para o fechamento de fev/25, estima-se que o volume exportado alcance 200 mil toneladas, o que representaria um crescimento de 11,66% em relação ao mesmo período de 2024.
Milho 
Em Campinas/SP, o milho iniciou a semana cotado a R$ 84,85 por saca, o maior valor desde março de 2023. Na B3, os futuros de milho registraram queda nesta segunda-feira, com correções técnicas após uma sequência de altas diárias, acompanhando o movimento negativo da commodity em Chicago. O contrato março/25 (CCMH25) encerrou o pregão regular de 24/02 cotado a R$ 83,70/sc, uma desvalorização diária de 1,65%.
Na Bolsa de Chicago, os futuros de milho novamente registraram perdas superiores a 1% nesta segunda-feira. O USDA informou que, até 20/02, as inspeções semanais para embarques de milho dos EUA na temporada 2024/25 totalizaram 1,134 milhão de toneladas, uma queda de 30% em relação ao dado anterior. Além disso, a melhora das condições climáticas na Argentina contribuiu para a pressão negativa sobre as cotações. O contrato março/25 (ZCH25) retrocedeu 1,78%, fechando a sessão diurna de 24/02 a US$ 4,83/bu.
Soja 
No mercado interno, a soja encerrou a última segunda-feira com uma queda de 0,69%, atingindo R$ 130,87 por saca na referência de Paranaguá/PR. Os preços refletiram o avanço da colheita e negociações mais lentas no físico.
Os futuros da soja em grão iniciaram a semana em queda na CBOT. O avanço da colheita no Brasil e a melhora das condições das lavouras na Argentina exerceram pressão sobre as cotações, juntamente com a desvalorização dos derivados da oleaginosa. O contrato março/25 (ZSH25) recuou 1,01%, finalizando a sessão regular de 24/02 a US$ 10,29/bu.