Milho

A relação mais folgada entre a oferta e a demanda colabora para ajustes das cotações do milho.

E assim, o indicador do CEPEA se registra 12,45% menor nos últimos 30 dias, com a última referência em R$ 34,88/sc(queda diária de 0,63%).

Além disso, as expressivas quedas para a referência paulista aproximaram rapidamente as relações de preços dos outros estados.

As médias de algumas regiões do Centro-sul ficaram quase R$ 2,00/sc mais próximos do indicador do CEPEA. Como é o caso de MG e do MS.

Em setembro a matéria-prima mineira era 12,50% mais barata que o milho de SP (equivalente a diferença de R$ 5,00/sc). Mas os dados parciais de outubro apontam para preços mais próximos entre os dois estados, com o prêmio em 8,40% (equivalente a – R$ 3,00/sc).

Já no MS o cereal valia 25,50% menos ante a referência paulista, com essa diferença caindo para 24% na parcial de outubro.

Ou seja, a acomodação do valor do milho observada em SP ainda não aconteceu com a mesma intensidade em alguns outros estados, que também se registram mais próximos a referência paulista na comparação com 2017 e na média dos últimos anos.

As cotações nestas outras praças podem sofrer ajustes nas próximas semanas e oferecer oportunidades de compra. E ainda, essa tendência de prêmios se ampliando já se inicia em Goiás.

Boi gordo

A dificuldade de escoamento de carne para consumo interno e a oferta crescente de animais para abate mantém as cotações do boi gordo pressionadas.

Segundo levantamento da Agrifatto, em SP, a arroba a prazo e sem descontar Funrural recuou de R$ 150,00 para R$ 148,00/@ (-1,3%) em uma semana. Em MG, as cotações caíram para R$ 146,00/@ no mesmo período.

Segundo o Imea, o preço da arroba no MT avançou pela décima semana consecutiva, fechando a R$ 134,67/@, aumento de 0,64 p.p. na semana.

As chuvas em bom volume e regulares na maior parte do país permitem recuperação das pastagens e, por consequência, uma procura crescente por animais de reposição. No MT, o preço do bezerro (12 meses) aumentou de R$ 1215,37 para R$ 1224,09/cabeça, alta de 0,72%.

Recomenda-se atenção do pecuarista sobre a relação de troca de boi gordo por bezerro, já que o poder de compra pode recuar no médio prazo.

Ontem (23/out), o indicador Esalq/BM&F encerrou a R$ 146,05/@ (-1,28%). No mercado futuro da B3, o contrato com vencimento em outubro fechou em R$ 146,80/@ (+0,14%).

Soja

Apesar das cotações longe de romper as máximas em Chicago, as mínimas tentam se fixar em patamares gradualmente mais elevados, e assim os preços apontam para caminhamento mais lateralizado nos próximos dias.

Sem grandes novidades sobre os fatores que têm conduzido as cotações, as variações dos preços passam a ser mais comedidas. Entretanto, a pressão baixista na CBOT continua com a safra norte-americana.

No mercado doméstico as negociações são pontuais. O produto disponível no físico é escasso, o que limita as vendas e mantém os preços fortalecidos nesta entressafra.

Já negociações antecipadas esfriam pelas incertezas sobre o câmbio e os fretes. De todo modo, a expectativa de que a China continuará voltada ao produto brasileiro, alimenta a projeções de cotações ainda valorizadas para a próxima temporada.

As referências em Paranaguá/PR continuam ao redor de R$ 90,00/sc. Destaque para cotações no Triângulo Mineiro, onde estão 8,50% menores na comparação mensal – R$ 78,80/sc.

Cotações parciais

Boi gordo
Out/18: 146,80 / -0,25
Nov/18: 147,00 / 0,05
Dez/18: 148,50 / -0,35
Jan/19: 148,40 / 0,00

Milho
Nov/18: 34,81 / -0,10
Jan/19: 35,89 / -0,11
Mar/19: 35,90 / -0,03
Mai/19: 35,00 / -0,10

Soja – B3
Nov/18: 18,58
Mar/19: 17,61

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Nov/18: 18,79 / -0,15
Jan/19: 19,14 / -0,14
Mar/19: 19,20 / 0,00
Mai/19: 19,70 / 0,00

Soja – CBOT
Set/18: 853,25 / -4,50
Nov/18: 866,75 / -4,50
Jan/19: 880,25 / -4,25
Mai/19: 894,00 / -4,50

Dólar comercial: 3,70

Dólar Futuro
Nov/18: 3696,00 / 0,50
Dez/18: 3703,00 / -8,00
Jan/19: 3731,00 / 0,00
Fev/19: 3719,89 / 0,00

Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.

Bons negócios!