Escala evolui em SP, mas oferta restrita em outras praças não abre espaço para queda
Frigoríficos paulistas conseguem alongar a escala no Estado de São Paulo, no entanto, a oferta restrita em outras praças brasileiras não deixa muito espaço para queda nas cotações do boi gordo.
Milho 
As valorizações voltaram a aparecer no mercado físico de milho brasileiro. Puxado pelo dólar, que fechou a quinta-feira a R$ 5,20, subindo 1,79% no comparativo diário, a cotação do cereal em São Paulo fechou o dia próximo dos R$ 49,00/sc. Na B3, a alta foi mais forte, com o vencimento setembro/20 encerrando a R$ 47,75/sc, subindo 1,38% em relação a quarta-feira.
Com o clima colaborando, o mercado climático vai se aproximando de um “fim” nos EUA, e com isso, os preços do milho em Chicago caminham de lado, mesmo com as compras externas aquecidas. O vencimento para setembro/20 encerrou o dia cotado em US$ 3,28/bu, valorizando apenas 0,15%.
Boi gordo 
A quinta-feira (23) foi marcada pelo alongamento das programações de abate em São Paulo, encerrando o dia com praticamente 8 dias úteis. Entretanto, a situação das escalas de abate nas praças paulistas se difere do resto do país, dada a oferta que continua restrita em grande parte do território nacional. Neste cenário de escassez de matéria-prima e alta demanda do mercado externo, a influência das outras praças faz com que a possibilidade de pressão negativa no boi gordo seja reduzida.
Com relação aos contratos futuros, o dia foi de avanços na B3. O contrato para julho/20 encerrou em R$ 224,25/@ (+0,95%). O outubro rompeu a barreira do R$220,00 e fechou a R$ 222,15/@ (+1,70%). A percepção no mercado futuro segue alinhado ao físico.
Soja 
Após flertar com os R$ 114,00/sc, a soja brasileira voltou a subir no mercado físico sustentada pelo dólar e pelo prêmio que evoluíram fortemente nesta quinta-feira. O prêmio pago no porto de Paranaguá para agosto/20 chegou aos US$ 1,58/bu, subindo mais de 5% em comparação a quarta-feira.
Mesmo em meio as tensões crescentes entre EUA e China, as cotações da soja na CBOT seguiram a sustentadas nesta quarta-feira, variando 0,78% positivamente, com o vencimento março/21 fechando o dia acima dos US$ 9,00/bu. A sustentação vem das compras chinesas, que, apesar do aumento da crise com os EUA, tem adquirido volumes consideráveis constantes nos últimos dias.
Agrifatto