Milho
A semana começou devagar para o mercado de milho, com baixa movimentação também nos mercados futuros. Aliás, o milho na B3 preservou as variações que foram iniciadas no after-makert da sexta-feira (20).
E assim, os contratos em bolsa encerraram com preços menores ante o fechamento da última semana, o contrato para maio/20 recuou 1,8% para R$ 48,85/sc, e o setembro caiu 1,24% para R$ 43,80/sc.
A boa notícia é que os mapas climáticos estão indicando chuvas na maior parte da região central, com as previsões calculando volumes acumulados entre 60 e 100 mm até o início de abril.
As chuvas são muito bem-vindas e reduzem a especulação climática neste momento, se confirmadas, podem esfriar os ânimos das cotações em bolsa, embora o físico fortalecido ainda limite quaisquer variações negativas mais expressivas.
Boi gordo
Ontem (23/mar), a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgou as exportações de carne bovina in natura referentes aos 15 primeiros dias úteis de março, que totalizaram volume parcial de 87,30 mil toneladas e uma receita de US$ 385,66 milhões.
A média diária da terceira semana registrou-se em 5,82 mil toneladas – queda de 5,26% em relação à média de fevereiro/20, além desaceleração de 6,70% frente ao desempenho do mesmo período de 2019.
Projeções deste mês apontam para intervalo entre 100 e 110 mil toneladas enviadas até o final de março, um cálculo considerando o histórico dos últimos três meses e uma possível queda dos embarques no último período do mês.
Soja
Os contratos da soja em Chicago fecharam em campo positivo no início desta semana, avançando 2,49% para US$ 8,84/bushel – maior valor desde o dia 06 de março/20.
A recuperação reflete preocupações em torno dos portos sul-americanos. As operações na Argentina devem ser paralisadas ao sudeste de Córdoba enquanto os portos na província de Santa Fé já foram paralisados.
Em relação aos portos brasileiros, o Sindicato dos Estivadores de Santos cancelou a assembleia que estava marcada para acontecer ontem (23), e o imbróglio nos portos brasileiros deve continuar trazendo volatilidade as cotações.
Por fim, o USDA trouxe números animadores para as exportações norte-americanas, com inspeção de 570 mil toneladas de soja para exportação – alta de 15,4% contra a semana anterior.