Roda girando
Pressão baixista ganha força e o mercado físico reage com retração nas cotações
Boi Gordo
O boi gordo começou a sentir a pressão baixista de maneira mais intensa, com o escoamento doméstico enfraquecido e as escalas das indústrias confortáveis, os pecuaristas apesar de tentarem segurar o máximo possível, agora começam a ceder. Em Rondônia, a desvalorização da arroba é de 2,1%, no comparativo semanal, com o boi gordo precificado a R$ 198,80/@, a menor cotação das principais praças pecuárias monitoradas. Na B3, o cenário de “gangorra” persiste, o vencimento para mai/24 está no menor preço desde final de out/23, com recuo de 0,60% na comparação diária, ficando cotado a R$ 233,75/@.
Para o mercado de carne com osso, a semana está bastante desafiadora por conta das chuvas constantes que tem impactado as atividades comerciais e considerando que em São Paulo, na quarta-feira (25) é feriado há suspensão da distribuições de carnes, que por um lado, pode até influenciar positivamente o preço do boi castrado, que atualmente está cotado a R$ 15,50/kg. Por outro lado, a baixa demanda pelos demais produtos, aliada à sobreoferta de vaca, novilha e dianteiro, sugere que os preços permanecerão estáveis.
Milho
O mercado doméstico aos poucos vai retomando atividade compradora diante da resistência de vendedores abaixarem mais os preços, levando a saca de milho em Campinas/SP a indicar um fundo de preços na casa dos R$62,50/sc. Após a sequência de quedas diárias, os futuros de milho chegaram a registrar altas superiores a 2% nesta terça-feira na B3, apresentando correções técnicas de alta com os participantes monitorando as condições de clima tanto para a colheita da safra de verão, quanto para o plantio do milho 2ª safra. O contrato mar/24 (CCMH24) avançou 2,49% e terminou o pregão regular de 23/01 cotado em R$ 66,29/sc.
Apresentando menor oscilação de preços ao longo dos últimos dias em Chicago, os futuros de milho contabilizaram tímidos ganhos nesta terça-feira. O cenário de fundamentos permanece baixista para a commodity na CBOT, com a oferta e os estoques finais se sobrepondo à demanda na atual temporada. O contrato mar/24 (CH24) variou +0,17% e encerrou a sessão diurna de 23/01 cotado em US$ 4,47/bu.
Soja
Acompanhando a movimentação de alta dos futuros em Chicago, a soja foi comercializada na média de R$ 123,00/sc no mercado físico de Paranaguá/PR, com leves valorizações também registradas no interior do país.
Valorizações superiores a 1% foram observadas para os futuros do grão de soja durante a última terça-feira em Chicago, refletindo a movimentação positiva dos derivados da oleaginosa, bem como a indicação de menor volume de chuvas e temperaturas mais elevadas para a Argentina no curto prazo. O contrato mar/24 (ZSH24) fechou a sessão diurna de 23/01 cotado em US$ 12,40/bu, alta diária de 1,25%.