Dificuldade para escoar
Comercialização de carne continua derrapando e carcaça bovina no atacado paulista atinge menor patamar desde 06/11/24
Boi gordo 
A dificuldade em continuar se valorizando está ganhando mais força no mercado físico do boi gordo, o destaque negativo do dia foi para o boi gordo no Tocantins que registrou recuo de 1,19% e terminou o dia com o animal cotado a R$ 295,20/@. A desaceleração no consumo tem aumentado os estoques e reduzido o ímpeto de compra das indústrias. Na B3, a pressão negativa persiste, destacando-se a maior desvalorização de -1,58% para o vencimento de abr/25, que fechou o dia a R$ 317,75/@.
A situação atual do atacado e do varejo paulista permanece “fraca” e enfrenta problemas recorrentes com devoluções de estoques e carnes armazenadas sem previsão de distribuição. Apesar de um leve aumento no número de abates nesta quinta-feira, a quantidade de carne com osso disponibilizada aos atacadistas foi ajustada apenas para atender a uma demanda quase inexistente. Nesse contexto, é possível visualizar o reajuste nos preços, a carcaça casada do boi castrado terminou o dia a R$ 21,76/kg, o menor patamar desde 06/11/24.
Milho 
O mercado de milho se caracteriza como cabo de guerra, sustentando a referência Campinas/SP em R$ 74,00/sc. Apesar da continuidade da queda do dólar frente ao real, a valorização das cotações do cereal em Chicago e o quadro para o milho 2a safra, resultou em ganhos para os futuros de milho nesta quinta-feira na B3. O contrato março/25 (CCMH25) registrou alta de 0,42%, encerrando o pregão regular de 23/01 cotado a R$ 76,43/sc.
Na Bolsa de Chicago, os futuros de milho tiveram altas superiores a 1% na última quinta-feira, impulsionados pela firme demanda externa pelo cereal norte-americano e pela queda nas condições de safra na Argentina, onde entidades locais já projetam uma redução na oferta. O contrato março/25 (CH25) avançou 1,14%, fechando a sessão diurna de 23/01 cotado a US$ 4,90/bu.

Soja 

Os preços da soja no mercado interno fecharam em estabilidade para referência de Paranaguá/PR, com a saca cotada a R$ 133,80. Esse movimento foi impulsionado principalmente pelo ritmo lento da colheita no Brasil, pelas valorizações nos contratos futuros na bolsa de Chicago e dólar recuando a R$5,90.
Os futuros da soja em grão retomaram os ganhos na última quinta-feira na CBOT, influenciados pela valorização do óleo de soja, pela piora nas condições das lavouras argentinas, segundo a Bolsa de Cereales, e pelo atraso da colheita no Brasil. O contrato março/25 (ZSH25) subiu 0,90% e terminou a sessão regular de 23/01 cotado a US$ 10,66/bu.