Milho

Os preços do milho seguiram firmes ao longo deste mês, com as indicações mais altas da ponta compradora reaquecendo as vendas no mercado físico.

Na última semana, houve reporte de novas vendas no Mato Grosso do Sul ao redor de R$ 30,00/sc (FOB) – para retirada imediata e pagamento no próximo mês.

No porto de Paranaguá, os valores orbitaram os R$ 37,50/sc, para entrega no próximo mês e pagamento em novembro – as indicações seguem firmes após altas para o dólar sobre o real.

Aliás, o dólar inicia a semana em campo positivo, o avanço de 0,32% eleva o câmbio para R$ 4,16 na primeira hora do dia hoje (23), o que pode continuar imprimindo indicações firmes para o cereal.

Além disso, novas altas também são registradas para os futuros do milho em Chicago, contagiando os contratos na B3.

E assim, os contratos do cereal encontram espaço para novas altas no início desta semana. O vencimento para jan/20 valoriza-se 0,20 pontos, com parcial em R$ 41,30/sc.

Boi gordo

Em mais uma semana sem grandes alterações para os fundamentos do mercado pecuário, observou-se um físico fortalecido, com a maioria das negociações nas praças paulistas orbitando os R$ 160,00/@ (à vista e para descontar impostos).

Ontem (18/set), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 156,60/@, queda de 1,17% no comparativo diário.

Na B3, o contrato para outubro/19 fechou em R$ 161,65/@ – queda de 0,15 pontos ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19 fechou em R$ 164,70/@, alta de R$ 0,30 ante o fechamento anterior.

Na sexta-feira (20), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina noticiou que o país vizinho contou com mais oito plantas frigoríficas habilitadas a exportar carne bovina para a China.

Segundo o Ministério, o gigante asiático é o principal comprador de carne bovina argentina, com um aumento nas compras de 118% em relação a 2017.

O governo argentino estima que irá exportar 720 mil toneladas de carne bovina ao mercado externo em 2019.

Soja

O mercado continua monitorando a disputa comercial entre EUA e China, e muito embora os dois países tenham dados sinais de boa vontade para um acordo comercial, as últimas declarações mostram que apenas um acordo envolvendo produtos agrícolas não será suficiente para avanços expressivos.

Além disso, o clima norte-americano segue positivo ao desenvolvimento das culturas norte-americanas. Os mapas climáticos indicam período úmido e temperaturas mais altas do que a média para o período. O risco de geadas também é baixo no curto prazo.

Em relação ao clima brasileiro, foram relatadas chuvas em diversas praças produtoras brasileiras, como regiões do MT e do MS.

Entretanto, o risco para um período mais seco em outubro continua no radar, o que pode comprometer a janela de plantio do milho safrinha.

No mercado físico, as indicações no porto de Paranaguá encerraram a última semana ao redor de R$ 87,00/sc (para entrega e pagamento no final do próximo mês). O dólar continua como principal fator de volatilidade para os preços.