Milho

Os preços futuros operam em campo positivo nesta manhã, com o milho, o trigo e a soja subindo na bolsa de Chicago nesta manhã (23/mai).

Além disso, o dólar também volta a subir após fechar em valores mais baixos no pregão da véspera, e assim, avança 0,45% sustentando patamares ao redor de R$ 4,06.

Neste ambiente de riscos, espera-se que o clima nos EUA continue gerando volatilidade e sustentando os preços futuros, fazendo com que o milho na B3 também passa por reajustes positivos.

Na bolsa brasileira, os contratos registram liquidez ampliada no início do pregão, subindo ao redor de 0,45 pontos nesta manhã (23/mai), com o contrato para setembro/19 precificando o insumo em R$ 35,90/sc – o maior valor desde o final de setembro do ano passado.

Vale destacar que a colheita está em seu início, e os bons rendimentos das lavouras devem esfriar a pressão positiva neste primeiro momento. Mas no médio/longo prazo, a demanda aquecida, o dólar em alta e a possível queda de produção nos EUA devem gerar sustentação às cotações.

E ainda, o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), atualizou a colheita do milho safrinha no estado, completando 3% da área prevista.

Boi gordo

Mercado físico do boi gordo ficou estável no comparativo diário, apesar das escalas alongadas e do consumo doméstico mais lento.

Na média dos estados levantados pela Agrifatto, as escalas de abate atendem a 8,0 dias e registram um recuo de 3,0% no comparativo semanal. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, por exemplo, as programações estão em 8,1 e 7,8 dias, respectivamente.

Do lado da oferta, pecuaristas iniciam as vendas de forma compassada, evitando pressionar as cotações. A procura por animais neste período do mês é reduzida, principalmente pelo período de menor consumo.

Uma reação tímida do consumo no início de junho somada a uma oferta crescente de animais terminados, podem pressionar as cotações no próximo mês.

Ontem (22/mai), o indicador do boi gordo Esalq/B3 ficou em R$ 151,05/@, queda de 1,47% no comparativo diário.

No mercado futuro da B3, o vencimento maio/19 avançou 0,03% e fechou em R$ 152,80/@. Já os contratos para junho/19 e outubro/19 encerraram o dia em R$ 152,75/@ (+0,49%) e R$ 162,45/@ (-0,15%), respectivamente.

No atacado, o preço da carcaça casada bovina ficou estável no comparativo diário, cotada em R$ 10,41/kg.

Soja

A escalada das tensões entre EUA e a China reacendeu o apetite asiático pela soja brasileira.

Vale destacar que as importações da China esfriaram quando havia maior otimismo para uma resolução entre os dois países, pela expectativa chinesa de conseguir originar o grão norte-americano a preços menores.

Mas com a falta de perspectiva de um acordo no curto prazo, os prêmios voltaram a subir nos portos brasileiros, alcançando US$ 1,20/bushel para embarques em julho e agosto.

Combinado ainda com o dólar fortalecido, além do clima desfavorável ao plantio nos EUA, as cotações domésticas voltam a trabalhar em campo positivo.

O indicador do CEPEA acumula alta de 8% desde o início deste mês, com última parcial em *R$ 79,93/sc – o maior patamar desde o final do ano passado. Em Rio Verde/GO, o grão também subiu na última semana, avançando 1,65% para R$67,88/sc.

A pressão positiva deve se manter enquanto a disputa comercial continuar, além de novos agravantes para a safra norte-americana. Além disso, o câmbio continuará como importante fator de volatilidade para as cotações.

Já a peste suína africana na China, que reduz o apetite chinês pelo insumo, deve limitar a variação altista.