Riscos sendo monitorados
Previsões climáticas apontam melhores condições de chuvas para os próximos 15 dias em importantes regiões produtoras do Brasil e, caso sejam confirmadas, poderão trazer um alívio para o avanço do plantio da safra de verão. Na CBOT, futuros de soja e milho recuam ao longo da última sexta-feira
Milho
O preço do milho voltou a se aproximar dos R$ 59,00/sc em Campinas/SP, devido a resistência dos agricultores na comercialização. A combinação da movimentação negativa da taxa de câmbio juntamente com as cotações externas da commodity influenciaram na paridade de exportação e os futuros do cereal recuaram durante a última sexta-feira na B3. O contrato nov/23 (CCMX23) variou -1,11% e encerrou o pregão regular de 20/10 cotado em R$ 60,53/sc.
Desvalorizações superiores a 1% foram observadas para os futuros de milho durante a última sexta-feira em Chicago, ponderando mais uma vez a queda dos preços do trigo, o comportamento da demanda pelo milho norte-americano e o mercado climático na América do Sul. O vencimento dez/23 (CZ23) retrocedeu 1,88% e fechou a sessão diurna de 6ª feira a US$ 4,96/bu.
Boi Gordo
No mercado físico do boi gordo os preços se movimentaram de maneira tímida na sexta-feira, com o animal pronto para o abate sendo comercializado a R$ 234,70/@ em São Paulo, com variação diária de -0,6%, é possível notar uma maior pressão negativa que os frigoríficos tem tentado imprimir (sem sucesso por enquanto). Na B3, o dia os futuros passaram por ligeiras quedas e o vencimento para jan/24 ficou cotado a R$ 240,60/@, com queda de 0,56% ante o dia anterior.
A “batalha” entre pecuaristas e frigoríficos continua intensa, sem ganhador definido. Os produtores tentan manter a oferta enxuta, buscando segurar parte dos animais, na expectativa de novos avanços no preço, no entanto, com a cotação andando de lado há algumas semanas, os frigoríficos conseguem preencher as programações de maneira tranquila. A média nacional das escalas de abate fechou a sexta-feira em 8 dias úteis, 1 dia de alta ante a semana passada, sendo o maior nível desde a segunda quinzena de set/23.
Soja
Os preços da soja andaram de lado no mercado físico brasileiro, apesar da queda no cenário internacional. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é negociada a R$ 146,00/sc.
Após a sequência de avanços, os futuros do grão de soja terminaram a sexta-feira no campo negativo em Chicago. Os agentes permanecem monitorando o clima irregular na América do Sul refletindo no andamento do plantio, além do ritmo do programa de exportação norte-americano. Neste sentido, o vencimento nov/23 (ZSX23) desvalorizou 1,01% e finalizou o pregão regular de 20/10 cotado em US$ 13,02/bu.