Atacado com dificuldades?
O final da segunda quinzena, período marcado por menor escoamento, traz consigo preços no atacado mais frágeis.
Boi gordo
No mercado físico do boi gordo, as valorizações continuam presentes e forte exportação dita o “ritmo” dessa alta. O destaque ficou com o estado de Rondônia, com valorização de 1,78% no comparativo diário e o maior acréscimo no comparativo semanal (5,97%), portanto a arroba do boi gordo no estado ficou cotada a R$ 279,82/@ . Na B3, houve reajustes positivos para todos os contratos, em destaque novamente o vencimento para dez/24 que registrou acréscimo de 1,96%, ficando cotado a R$ 309,75/@.
A segunda quinzena continua a impactar o mercado interno, período este marcado por menores vendas. No último final de semana as vendas foram consideradas razoáveis e no início dessa semana já perderam tração. Em consequência desse movimento, os pedidos de reposição de estoques na segunda-feira não foram grandes e existe um volume significativo de produto parado nos pontos de distribuição. Quanto as negociações que visam abastecer o final da segunda quinzena, os preços encontram-se fragilizados e com pouca sustentação. A carcaça casada do boi castrado situou-se em R$ 20,30/kg, o que representa um recuo de 0,98% no comparativo diário.
Milho
O mercado doméstico para o milho segue truncado, com o comprador sem poder de arbitragem e barganha. Em Campinas/SP, a alta foi de 0,26%, encerrando em R$ 69,94/sc. Na B3, os futuros de milho estenderam a sequência de altas diárias na última terça-feira. Além dos atuais patamares do câmbio no Brasil, a valorização dos futuros em Chicago e a firmeza dos preços domésticos sustentaram as cotações futuras. O contrato novembro/24 (CCMX24) fechou o pregão regular de 22/10 cotado a R$ 70,94/sc, uma alta diária de 1,27%.
Apesar do ritmo avançado da colheita nos EUA, acima das referências de anos anteriores, a firme demanda internacional pelo cereal norte-americano continua dando suporte às cotações da commodity em Chicago. Esse movimento também foi influenciado pelas altas do trigo e da soja na CBOT. O futuro de milho para dezembro/24 (CZ24) avançou 1,71%, encerrando a sessão diurna de 22/10 cotado a US$ 4,17/bu.
Soja
O dólar fortalecido junto ao cenário doméstico de menor oferta vem mantendo o mercado da oleaginosa com forte sustentação e leves altas registradas no mercado doméstico. Em Paranaguá/PR, a valorização foi de 0,98%, com a saca atingindo R$ 142,40, em linha também com os ganhos na CBOT.
Valorizações próximas a 1% foram observadas nos futuros da soja em grão na última terça-feira em Chicago, refletindo correções técnicas de alta e o movimento positivo dos futuros de óleo de soja e do petróleo WTI. O contrato novembro/24 (ZSX24) subiu 1,10%, fechando a sessão regular de 22/10 cotado a US$ 9,92/bu.