Sinais de calmaria
Redução do valor do auxílio emergencial e segunda quinzena do mês diminuem fluxo de consumo do varejo e carne bovina estaciona.
Milho 
Terça-feira pouco movimentada em negócios para o milho brasileiro, os vendedores que ainda detêm o cereal disponível viram a disparada do dólar e aproveitaram o cenário para aumentar o valor pedido. Em São Paulo, a referência para efetivação de negócios voltou a ser os R$ 60,00/sc. Na B3, o vencimento novembro/20 fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo, atingindo o maior valor desde que começou a ser negociado, R$ 61,44/sc.
Com o dólar ganhando força frente a outras moedas mundiais, o milho norte-americano perde competitividade, e, desta forma, a terça-feira foi marcada por uma leve desvalorização nos vencimentos futuros de cereal na CBOT. O contrato para novembro/20 recuou 0,14%, atingindo os US$ 3,69/bu, a demanda chinesa continua a dar sustentação às cotações.
Boi gordo 
Ontem (22), mercado atacadista de carne bovina foi marcado pela estabilidade de preços e baixo fluxo de saída. A comercialização lenta no varejo, agravada pela chegada da segunda quinzena do mês e o auxílio emergencial residual que passou de R$ 600 para R$ 300, não permite que os preços continuam evoluindo com a força observada nas semanas anteriores. Enquanto isso, a carcaça casada bovina continua orbitando a faixa dos R$ 15,80 a 16,00/kg.
Já na B3, o ambiente é de firmeza. O contrato com vencimento mais curto, o setembro/20, encerrou a terça-feira em R$ 250,50/@, alta de 0,68% na comparação diária. O outubro, fechou o dia em R$ R$ 249,10/@, um aumento de 0,95% ante a véspera.
Soja 
Com o dólar fechando o dia com alta de 1,23%, próximo dos R$ 5,47, a cotação da soja brasileira nos portos continuou a romper as máximas, buscando os R$ 145/sc nesta terça-feira. O recuo dos preços em Chicago não foi o suficiente para frear a alta da oleaginosa no Brasil. O farelo de soja que até uma semana atrás era negociado abaixo dos R$ 1.900/t em boa parte do Brasil, dificilmente é encontrado por menos de R$ 2.000/t.
As compras chinesas continuaram nos EUA, no entanto, com a desvalorização do real frente ao dólar, uma leve pressão decaiu sobre os preços da oleaginosa em Chicago, que recuaram 0,27% no vencimento para dezembro/20, ficando cotado a US$ 10,20/bu.
Agrifatto