Boi gordo: Negócios lentos, mas a patamares elevados
Preços em São Paulo flutuam desde os R$ 210 até os R$ 225, mas poucos negócios são realizados. Na B3, indicativos já superam a barreira dos R$ 222,00/@.
Milho 
Mais um dia com a pressão do dólar batendo a porta das negociações de milho no mercado físico e futuro. O preço do cereal no mercado físico flerta com a queda abaixo dos R$ 49,00/sc, em São Paulo. No entanto, a baixa oferta disponível nos estados vizinhos (PR e MS), que ainda não engatilharam com força na colheita não permite maiores desvalorizações do milho. Na B3, o vencimento para setembro/20 fechou com queda de 0,55% no comparativo diário, ficando cotado a R$ 47,10/sc.
Após dias consecutivos de queda em Chicago, o preço do milho na CBOT registrou valorização nesta quarta-feira. Com uma alta de 1,47%, o vencimento para setembro/20 bateu os US$ 3,28/bu. O fortalecimento das cotações do trigo nos EUA deu sustentação ao milho, aliado a compras de oportunidade sustentadas pelas quedas dos últimos dias.
Boi gordo 
Sem grandes novidades no mercado de boi gordo, os negócios continuam andando em ritmo lento e preços que pouco evoluem nas principais praças, com algumas indicações pontuais são vistas em valores maiores. Neste ambiente, a arroba continua com as indicações estáveis, em São Paulo o “boi-comum” segue cotado a R$ 210,00/@ e o “boi-China” na casa dos R$220-225,00/@.
Na B3, o dia foi de pequenos ajustes negativos nos contratos futuros, com exceção do contrato deste mês de julho/20, que encerrou o dia em R$ 222,15/@ (+0,27%). Já o agosto/20 fechou a R$ 221,15 (-0,20%) e o outubro em R$ 220,45/@ (-0,02%).
Soja 
Com o dólar flertando com o menor valor dos últimos 40 dias, fechando a R$ 5,10. O preço da soja nos portos brasileiros seguiu próximo dos R$ 114,00/sc. A pressão da divisa norte-americana se dissipou graças a valorização da oleaginosa nos EUA e também do prêmio pago nos portos brasileiros. No porto de Paranaguá um incêndio na parte graneleira assustou, no entanto, após a situação controlada, a operação de exportação nos demais terminais ocorreram normalmente.
A apatia do mercado de grãos norte-americano continuou nesta quarta-feira, o vencimento para março/21 da oleaginosa na CBOT ficou em US$ 8,97/bu, alta de 0,20% no comparativo diário. Mesmo com o aumento nas tensões entre EUA e China, as cotações da soja nos EUA continuaram a evolui sustentadas nas compras chinesas, que não dão sinal de interrupção, mesmo diante de uma “guerra fria”.
Agrifatto