Milho

A situação do milho no mercado mundial está se complicando, com os estoques de etanol nos EUA crescendo em ritmo alarmante devido à falta de demanda pelo combustível, a preocupação sobre os 140 milhões de toneladas do cereal que são destinadas a produção do etanol fica cada vez maior.

Ainda assim, as cotações do milho em Chicago fecharam com uma forte valorização, o contrato para mai/20 acumulou avanço de 2,50%, sustentado pela recuperação no preço do petróleo. No mercado interno, o contrato futuro para set/20 fechou no menor valor desde o dia 11/02/20, estabelecendo-se em R$ 41,36/sc. A pressão baixista deve continuar sobre o mercado do milho brasileiro.

Boi gordo

As vendas de carne bovina no varejo continuam andando a passos lentos, os relatos são de preços altos nas gôndolas e estoques cheios, colocando uma barreira para escoamento do produto. No atacado, as reservas continuam enxutas e com maior liquidez para carne de segunda, dianteiro e ponta. Neste ambiente, cortes do quarto traseiro continuam perdendo força.

Para o mercado do boi gordo, o cenário continua de lentidão. Poucos negócios sendo realizados, e aqueles que são efetuados contam com lotes pequenos. Após o feriado, as escalas de abate se alongaram na maioria das praças analisadas pela Agrifatto, ficando com aproximadamente 6 dias na média Brasil.

Soja

Com o dólar avançando 2,64% ontem (22/abr), e chegando a mais um patamar histórico, desta vez de R$ 5,45, a soja no mercado físico segue sustentada rompendo a barreira dos R$ 102,00/sc. A demanda chinesa continua a ditar o ritmo do mercado físico, o que deve sustentar os valores a preços elevados.

Nos EUA, a cotação da oleaginosa para maio/20 registrou variação positiva de 0,42%, com um maior volume de compras por partes dos chineses pela soja norte-americana. Além disso, o plantio de soja nos EUA iniciou-se na última semana, com os estados de Louisiana e Mississípi partindo na frente no plantio.