Chuvas para celebrar as festas
Previsão de chuvas mais abrangentes e com bons volumes nos próximos 15 para o Brasil traz certo alívio ao mercado, impactando negativamente os futuros do complexo soja em Chicago
Milho
Com os negócios reduzidos neste final de ano, o milho segue estável no mercado físico de Campinas/SP, sendo negociado em média acima de R$ 67,50/sc. Os futuros de milho apresentaram uma menor liquidez e oscilação de preços ao longo da última quinta-feira na B3, reagindo ao movimento negativo da taxa de câmbio e ao cenário climático mais otimista para a América do Sul no curto prazo. O contrato jan/24 (CCMF24) variou -0,35% e encerrou o pregão regular de 21/12 cotado em R$ 71,25/sc.
Após a sequência de recuos em Chicago, os futuros de milho terminaram a quinta-feira em território positivo, apresentando correções técnicas de alta e orientados pelos dados de vendas semanais de milho dos EUA dentro das projeções de mercado até a semana encerrada em 14/12, acompanhando também a pequena valorização do trigo na CBOT. O contrato mar/24 (CH24) fechou a sessão diurna de 5ª feira (21) cotado em US$ 4,73/bu, alta diária de 0,59%.
Boi Gordo
O mercado físico continua com preços firmes sustentado no consumo aquecido do mercado doméstico. Mas cresce nos bastidores uma pressão negativa, principalmente por conta do desempenho da carne bovina no atacado. Em Minas Gerais, houve uma valorização de 0,2%, com a arroba cotada a R$240,90/@. Na B3 todos os contratos fecharam com ajustes negativos e o vencimento para dezembro de 2023 ficou cotado a R$ 246,40/@, com uma desvalorização de 0,48% em comparação ao dia anterior.
No mercado de carne com osso, os cortes de dianteiro estão enfrentando pressão baixista devido à preferência do consumidor por cortes traseiros. O dianteiro do boi foi cotado a R$ 11,00/kg, registrando uma desvalorização de R$ 1,00/kg. As cotações da carcaça casada de vaca e novilha ainda se mantiveram firmes, apesar da tendência de baixa estar rondando, e ficaram cotadas a R$ 14,50/kg e R$ 15,50/kg, respectivamente.
Soja
A desvalorização da taxa de câmbio juntamente com os futuros de soja em Chicago refletiu em um leve recuo das cotações da oleaginosa no mercado doméstico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a commodity foi comercializada levemente abaixo dos R$ 146,50/sc.
A continuidade de queda dos derivados da oleaginosa e as previsões climáticas indicando melhores volumes de chuvas para o centro-oeste brasileiro fizeram com que os futuros do grão de soja contabilizassem o terceiro recuo diário consecutivo em Chicago. O contrato mar/24 (ZSH24) desvalorizou 1,06% e finalizou a sessão diurna de quinta-feira cotado em US$ 13,02/bu.