Dólar continua em queda, no entanto, pouca oferta de milho mantém mercado paulista acima dos R$ 50,00/sc
Apesar da queda de mais de 2% no dólar, o cereal continua sustentado e as poucas negociações que ocorrem no mercado físico são feitas ainda acima dos R$ 50,00/sc.
Milho
Mesmo com o dólar recuando mais de 2% ontem, o cereal fechou a quinta-feira (21/mai) com valorização. As negociações no mercado spot são poucas e acontecem para preenchimento de necessidades que vão da “mão para a boca”. Na B3, a volatilidade perdura, o contrato com vencimento para setembro/20 recuou 1,69%, ficando abaixo dos R$ 45,00/sc novamente.
Em solo norte-americano enquanto a safra do cereal se desenvolve bem nos campos, o pessimismo fica com a demanda, já que a produção de etanol está crescendo, no entanto, a um ritmo menor do que o esperado. Além disso, apesar da reabertura econômica em alguns estados dos EUA, a população ainda não se movimenta como antes da COVID-19, o que diminui o consumo pelo etanol nos Estados Unidos.
Boi gordo
O mercado de boi gordo se mantém com os preços estáveis, demonstrando reajustes positivos em algumas regiões do país em que ainda há retenção de boiada nos pastos. As escalas de abate continuam avançando, nas praças paulistas encerraram a quinta-feira (21/mai) em 9 dias úteis, com alguns frigoríficos com programações até a primeira quinzena de junho.
Na B3, os contratos futuros continuam em campo positivo. O maio encerrou a quinta-feira em R$ 203,45/@, alta de 0,49% ante a véspera e avanço de 1,34% na comparação semanal. O outubro fechou o dia em R$ 201,77/@, valorização de 0,77% em comparação com o dia anterior.
Soja
Com o dólar fechando a quinta-feira (21/mai) a R$ 5,57 e acumulando queda de 5,52% em oito dias, aliado a soja na CBOT também se desvalorizando, a oleaginosa nos portos brasileiros encerrou em queda pelo quinto dia consecutivo, fato que não ocorria desde meados de dezembro de 2019. A especulação dá sinais de trégua no mercado futuro, mas ainda há muita tensão sobre o mercado, principalmente sobre o caminho do dólar.
Nos EUA, o contrato com vencimento julho/20 recuou 1,39% na quinta-feira, apesar das vendas externas terem caminhado bem nos dados divulgados ontem (21/mai), o mercado recebe com temor as provocações do presidente Donald Trump sobre a culpa chinesa na pandemia da COVID-19. O ritmo de compras chinesas para o cumprimento da primeira fase do acordo comercial com EUA ainda está abaixo do esperado e o aumento de tom de acusações norte-americanas, põe em cheque o cumprimento do acordo.