Demanda batendo sem dó?
Sem avanço nas exportações dos EUA reforçando a preferência dos compradores pela soja brasileira, a oleaginosa na CBOT vai se aproximando das mínimas de 2023. Preços no Brasil tem estabilidade com mercado forçando compras e produtor retraindo vendas.
Milho 
Com mercado retomando atividades pós-carnaval, a saca do milho negociada em Campinas/SP avança para R$63,50. Sem grandes mudanças de cenário e reagindo à desvalorização das cotações em Chicago, os futuros de milho encerraram a quarta-feira no campo negativo na B3. O contrato mar/24 (CCMH24) recuou 0,59% e fechou o pregão regular de 21/02 cotado em R$ 64,39/sc.
Acompanhando a movimentação negativa dos futuros do complexo soja e do trigo durante a última quarta-feira em Chicago e, reagindo aos fundamentos de baixa para a commodity nos EUA e no mundo, os futuros de milho contabilizaram quedas superiores a 1% na CBOT. O contrato mai/24 (CK24) variou -1,91% e terminou a sessão diurna de 21/02 cotado em US$ 4,24/bu.
Boi Gordo 
O conforto nas escalas dos frigoríficos em todo o país dita o ritmo de movimentação nos preços do boi gordo. As indústrias ainda tentam forçar preços menores e obtêm relativa efetividade em algumas praças do país. No Mato Grosso Sul, a desvalorização semanal do boi gordo chega a 1,3% com o animal cotado a R$ 223,40/@, e as escalas de abate no estado chegam a 10 dias úteis. Na B3, todos os contratos tiveram ajustes negativos na comparação diária, com o vencimento para fev/24 recuando 0,19% e sendo negociado a R$ 238,00/@.
Após as comemorações do Ano Novo chinês, diversos agentes do mercado sinalizaram que as vendas de carne bovina no varejo chinês foram fracas e que os estoques continuam elevados, com isso, as últimas ofertas dos importadores chineses para compra do dianteiro circundam os US$ 4.250/t. No entanto, esse preço não é considerado satisfatório pelos exportadores e as comercializações estão travadas nesse momento.
Soja 
Mesmo com Chicago encerrando no negativo, a volta da operação em alta do dólar fez com que a oleaginosa se mantivesse em patamares de R$ 119,00/sc em Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja voltaram a acumular perdas e renovaram mínimas nesta quarta-feira em Chicago, refletindo a desvalorização dos derivados da oleaginosa, a demanda mais retraída pela soja dos EUA por parte da China e as boas perspectivas de chuvas para partes do Brasil e da Argentina no curto prazo. O contrato mai/24 (ZSK24) retrocedeu 1,56% e finalizou a sessão regular de 21/02 cotado em US$ 11,65/bu.