Entre altos e baixos
Redução no consumo doméstico de carne bovina e aumento nas escalas de abate dão espaço para a indústria pressionar para baixo os preços do boi gordo
Boi Gordo 
O leve crescimento de oferta durante a última semana deu vantagem para a indústria frigorífica oferecer menos pela arroba e a pressão baixista já ronda algumas regiões do país. A demanda doméstica também contribui para o movimento, com o menor escoamento de carne bovina, devido a chegada da segunda quinzena do mês. Em Rondônia, o recuo foi de 1,1% no comparativo diário, com o boi gordo cotado a R$ 200,40/@. Na B3, o vencimento para jan/24 voltou a subir e fechou a sexta-feira com incremento de 1,21% em relação ao dia anterior, cotado a R$ 245,85/@.
Em resposta ao cenário no mercado físico, as indústrias fecharam a sexta-feira com as programações de abate de rondando 10 dias úteis na média nacional, com avanço de 1 dia no comparativo semanal. No Mato Grosso do Sul as escalas apresentaram 1 dia útil de avanço no comparativo semanal, fechando a semana com as programações na média de 9 dias úteis.
Milho 
O cenário no mercado interno para o milho segue o mesmo, com players mais reclusos o preço do grão chegando nos R$ 63,00/sc em Campinas/SP. Na B3, os futuros de milho voltaram a renovar mínimas durante a última sexta-feira. Além da menor competitividade da commodity brasileira frente às outras origens, a colheita da safra de verão está ganhando tração e refletindo também sobre os preços domésticos. O contrato mar/24 (CCMH24) desvalorizou 1,95% e finalizou o pregão regular de 19/01 cotado em R$ 65,40/sc.
Após o USDA reportar os dados de vendas do milho norte-americano acima do consenso de mercado até a semana encerrada em 11/01 (1,251 milhão de toneladas), e acompanhando a movimentação positiva do trigo na CBOT, os futuros de milho encerraram a sexta-feira no campo positivo em Chicago. O contrato mar/24 (CH24) valorizou 0,34% e fechou a última sessão da semana cotado em US$ 4,46/bu.
Soja 
Com o mercado externo ainda indefinido, a oleaginosa encerra a semana se estabilizando no doméstico, com leve alta, sendo negociada em torno dos R$ 122,00/sc em Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja registraram pequenos recuos ao longo da última sexta-feira em Chicago, após negociarem em boa parte do pregão em território positivo. A menor demanda por parte da China, os dados de vendas semanais da oleaginosa norte-americana dentro do consenso de mercado e o movimento negativo dos derivados em Chicago contribuíram para estes recuos. O contrato mar/24 (ZSH24) terminou a 6ª feira (19) cotado em US$ 12,13/bu (-0,02%)