➡️ Resquícios da segunda safra
Início eminente da colheita da soja no Brasil pressiona produtores que ainda detêm milho a negociar e oferta aparece no mercado.
Milho 🌽
Com a colheita da safra de verão ganhando forma e “pedindo” espaço nos armazéns, o restante de milho que ainda não havia sido comercializado começa a aparecer. Esse crescimento na oferta traz consigo uma leve pressão sobre os preços do cereal no mercado físico, no entanto, insuficiente para derrubar as cotações, as referências dos negócios em São Paulo seguiram nos R$ 85,50/sc. Na B3, o contrato para março/21 voltou a se valorizar, ficando cotado a R$ 88,35/sc.
Nos EUA, o contrato de milho registrou leve alta de 0,43%, após sucessivas desvalorizações. Com isso a referência do vencimento março/21 fechou o dia cotado a US$ 5,24/bu. A força para a alta do cereal em Chicago veio principalmente do anuncio de novas vendas externas feito pelo USDA na quinta-feira, demonstrando a firmeza da demanda externa sobre o milho norte-americano.
Boi gordo 🐂
Ontem, 21, no mercado atacadista de carne bovina foi registrada suave melhora no volume de vendas concretizadas, sendo essas destinadas, exclusivamente, à reposição das gôndolas. A carcaça casada bovina passou por ligeiro recuo e passou a ser negociada a R$ 18,30/kg, queda de 1,08% ante a véspera. Enquanto isso, produtos de segunda se mantiveram estáveis.
Começa a se desenhar um ambiente de instabilidade para a comercialização de carne, tanto em relação ao feriado prolongado, que tende a enfraquecer o fluxo de saída, quanto as manifestações contra a alíquota do ICMS, que devem paralisar todo o ramo na próxima terça-feira, 26. Para o mercado de boi, vale atenção e cautela tendo em vista a movimentação do atacado e, consequentemente, do varejo.
Soja 📊
Com a valorização do dólar, a soja brasileira fechou o dia com alta no interior do país, porém estável nos portos. A referência para negócios da commodity se encerrou no valor de R$166,00/sc para o mês de fevereiro em Paranaguá. A moeda norte-americana avançou 0,98% na comparação diária, ficando cotado a R$5,35 ao final do dia. Entretanto, novos negócios ainda são limitados no Brasil, pela perspectiva de chegada da safra apenas ao fim do próximo mês.
O preço da oleaginosa em Chicago se manteve próximo a estabilidade. Após ter passado por períodos de desvalorização nos últimos dias. Nessa quinta-feira o contrato com vencimento em março/21, fechou cotado em US$ 13,70/bu. A movimentação pode ser justificada pela contínua demanda chinesa pela soja norte-americana, que está sendo beneficiada pelo atraso da colheita da oleaginosa brasileira.
Agrifatto