Milho

O mercado físico do milho caminha a passos lentos. O baixo volume de negociações limita a liquidez no spot e colabora para cotações sustentadas no interior do país.

O indicador do CEPEA também ilustra a lateralidade dos preços, com o último indicador subindo tímidos 0,05% (equivalente a R$ 0,02/sc) e fechamento em R$ 36,94/sc.

E ainda, apesar de intensidades diferentes, o valor do cereal se acomodou pelo interior do país. E os estados onde o cultivo da safra de verão é mais expressivo, os ajustes negativos também foram mais fortes.

Neste sentido, destaca-se o recuo nos últimos 30 dias de 2,30% no Triângulo Mineiro (última parcial em R$ 32,25/sc); acomodação de 4,60% na média do PR (média em R$ 32,40/sc) e ainda, queda de 6,00% em Rio Verde/GO (R$ 27,60/sc) – levantamento CEPEA.

De acordo com o último boletim da CONAB, os três estados destacados acima deverão registrar – respectivamente – as maiores produções na safra de verão.

Juntos, a colheita nos três estados deve alcançar 10,65 milhões de toneladas – 39,15% do previsto para a produção do milho primeira safra no país de 27,21 milhões de toneladas.

Boi gordo

Após os feriados de Proclamação da República (15) e Dia da Consciência Negra (20), mercado pecuário deve acelerar entre o final desta semana e o início da próxima.

Na segunda-feira (19), poucos negócios foram realizados e os preços seguiram lateralizados. Para o estado de São Paulo, pecuaristas informaram ofertas entre R$ 147,00 e R$ 150,00/@ à vista (para descontar o Funrural).

Com a virada de mês e um novo pagamento de salários se aproximando, o consumo interno pode ganhar fôlego no início de dezembro. E preparando-se para maior demanda, os frigoríficos podem ir às compras com maior avidez no curto prazo.

Além disso, o bom ritmo das exportações de carne bovina in natura serve de suporte aos preços pecuários no mercado físico. Nos 10 primeiros dias úteis de novembro, foram embarcadas 67,54 mil toneladas. A média diária deste mês avançou 9,30% e 17%, quando comparada com out/18 e nov/17, respectivamente.

Ontem (20/nov), o indicador Esalq/BM&F encerrou a R$ 146,30/@ (-0,54%). No mercado futuro da B3, os contratos com vencimento em novembro e dezembro fecharam dia 19/nov cotados a R$ 147,05/@ (0,17%) e R$ 149,10/@ (-0,07%), respectivamente.

Soja

As cotações em Chicago continuam sua trajetória de ajustes. Além da relação comercial entre EUA e China, o feriado do Dia de Ação de Graças no país norte-americano colabora para a variação negativa na CBOT.

O feriado diminui o apetite por risco, já que players do mercado não devem passar o feriado posicionados.

Vale destacar que se o encontro do G20 no final deste mês não resultar em avanços concretos entre os dois países, a desvalorização dos contratos em Chicago deverá ser mais expressiva, retornando aos patamares anteriores ao início de novembro.

Se este cenário se confirmar, os preços domésticos deverão ser contagiados em alguma medida, com acomodações dos preços do produto brasileiro.

Entretanto, o desenvolvimento da temporada atual ainda deve gerar repique aos preços. Especialmente em ano de EL Niño e avanço da ferrugem asiática.

A partir de janeiro, com a chegada dos primeiros lotes de soja ao mercado, a China deve continuar agressiva nas importações sul-americanas, aquecendo os prêmios nos portos e sustentando as cotações domésticas.

Cotações parciais

Boi gordo
Nov/18: 146,95 / 0,00
Dez/18: 149,20 / 0,20
Jan/19: 150,00 / 0,00
Mar/19: 149,30 / 0,00
Mai/19: 150,50 / 0,00

Milho
Jan/19: 38,20 / 0,55
Mar/19: 36,25 / 0,39
Mai/19: 35,37 / 0,41

Soja – B3
Nov/18: 21,49

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Jan/19: 19,25 / 0,00
Mar/19: 19,56 / 0,00
Mai/19: 20,05 / 0,00
Jul/19: 20,13 / 0,00

Soja – CBOT
Jan/19: 877,75 / -3,50
Mar/19: 891,75 / -3,25
Mai/19: 905,00 / -3,50
Jul/19: 917,00 / -3,00

Dólar comercial: 3,78

Dólar Futuro
Dez/18: 3786,00 / 27,50
Jan/19: 3752,00 / 0,00
Fev/19: 3779,50 / 0,00
Mar/19: 3720,50 / 0,00

Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.

Bons negócios!