Milho

Após a baixa dos preços na CBOT, as indicações para o milho nos portos da América do Sul encontraram equilíbrio em patamares menores, com a queda das indicações afastando a ponta vendedora.

O mercado também segue atento as condições das lavouras norte-americanas. Neste sentido, o último informe do Departamento de Agricultura dos EUA piorou levemente as condições das lavouras de milho, diminuindo em 1 p.p. a áreas em boas condições e subindo em 1% as lavouras ruins.

E assim, as áreas em boas e excelentes condições somam 56% das lavouras (na última semana estava em 57%), em condições ruins/péssimas estão em 14% (ante 13% do último relatório), e as áreas regulares foram mantidas em 30%.

Em bolsa, os preços devolveram os ganhos que mostravam na primeira hora do pregão ontem (20/ago), terminando com baixa ao redor de 1,00%.

A movimentação segue técnica, e sem forças para uma recuperação após os números do USDA.

Boi gordo

As escalas de abate mostraram novos avanços ontem (20/ago), mas a arroba continuou com sustentação no mercado físico.

A oferta regulada mantém as indicações firmes no balcão, mas destaca-se que as condições de oferta e demanda também se mostram desuniformes entre as praças.

Os avanços mais fortes para as escalas aconteceram em Goiás e no MS, onde a média das programações aumentou entre 1 e 2 dias na comparação semanal. Vale destacar que as industrias de maior capacidade continuam com escalas mais alongadas.

Além disso, o surto de peste suína africana (PSA) continua avançando além das fronteiras da China, com registro do primeiro foco de PSA em Mianmar na última semana.

Nesta semana, a Rússia registrou novos casos de peste suína no extremo leste do país, sendo a segunda região a identificar a doença neste mês, já que no início de agosto foi reportado novos casos em uma fazenda perto da fronteira com a China.

Ontem (20/ago), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,50/@, alta de 0,59% no comparativo diário. Na B3, o contrato para outubro/19 fechou em R$ 159,10/@ – avanço de 0,50 pontos ante o fechamento anterior.

Soja

Após as compras volumosas da última semana, as negociações nos portos envolvendo a soja brasileira também estão mais calmas nos últimos dois dias.

Os preços mantêm os níveis atingidos na última semana, mas o mercado mais calmo se deu pelo menor interesse de compra neste momento pela China.

As condições das lavouras americanas também passaram por revisões nesta semana. Segundo o USDA, 53% das áreas estão em boas e excelentes condições (ante 54% no último relatório), 14% estão em situações ruins ou péssimas (na última semana estava em 13%) e as áreas com condições regulares foi mantida em 33%.

A revisão das condições das lavouras limitou as quedas dos preços da soja (em canal de baixa desde o início deste mês). Mas a previsão de melhores condições climáticas nos próximos dias deve manter as cotações fragilizadas nos próximos dias.

No mercado doméstico a soja segue com cotações mais sustentadas, respondendo as variações positivas do câmbio, dos prêmios nos portos e também pela demanda do mercado doméstico.