Milho busca forças no dólar
Cotação do cereal avança no mercado físico graças à forte alta do dólar na última sexta-feira. A alta da moeda norte-americana está relacionada com as incertezas se o governo poderá manter a responsabilidade fiscal.
Milho 
A semana começa com os produtores que ainda detêm milho de olho no dólar, que disparou 2,28% na sexta-feira passada, voltando ao patamar de R$ 5,36 e aumentando a competitividade do cereal brasileiro no exterior. Com isso as cotações do milho físico em São Paulo voltaram para próximo dos R$ 59,50/sc. O vencimento novembro/20 na B3 bateu os R$ 59,77/sc, valorizando 0,88%. A alta do dólar e do cereal nos EUA aos poucos vai reduzindo a “esperança” de alguns compradores de que o milho reduzisse de preço ainda no mês de setembro/20.
A cotação do milho nos EUA fechou a semana com mais uma alta, desta vez subindo 0,87% no vencimento dezembro/20, atingindo os US$ 3,79/bu. A sustentação para a evolução dos preços do cereal norte-americano continua basicamente centrados na China, já que não há novidades sobre a produção, o gigante asiático continua a demandar volumes diários de milho, o que aumenta a percepção de que a necessidade deles será maior do que sua produção.
Boi gordo 
Sem grandes novidades no mercado atacadista de carne bovina. A tendência no curto prazo é que as cotações se sustentem, pois, a dificuldade na originação de boiada pronta para abate em pauta. Enquanto a carne bovina travou no atacado, o frango resfriado avançou 10,48% na última semana, o que demonstra a migração do consumo para proteínas mais baratas.
Na B3, ambiente firme com pequenos ajustes. O setembro, fechou a sexta-feira em R$ 249,05/@, com reajuste positivo de 0,04% ante a véspera. Já o outubro, encerrou em R$ 247,20/@, baixa pontual de 0,06%. Com destaque para o dezembro/20, cotada a R$ 252,75/@ (+0,64%).
Soja 
Já é possível vender soja no mercado físico acima dos R$ 141,00/sc! A cotação da oleaginosa nos portos brasileiros rompeu o patamar na última sexta-feira, auxiliada pelo dólar e por Chicago. A produção de soja no país nunca esteve tão estimulada, o alinhamento das cotações na CBOT com o dólar em alta abriu espaço para que os preços internos atinjam máximas. Desta forma, a safra brasileira que se iniciou seu plantio na última semana, começa com boas expectativas.
Com o otimismo atingindo o mercado norte-americano com força, os preços da soja evoluíram por mais um dia. Atingindo na última sexta-feira a máxima dos US$ 10,44/bu para o vencimento novembro/20, subindo 1,46% no comparativo diário. As compras das empresas estatais chinesas continuam a dar força para a soja norte-americana.
Agrifatto