Frigoríficos confortáveis
Indústrias mantém escalas alongadas e forçam preços para menores patamares dos últimos 3 anos
Boi gordo
Seguindo com os movimentos da semana, os negócios do boi gordo sofrem com a pressão baixista e o mercado físico continua sem melhoras. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul cotação do animal pronto para abate está em R$ 211,30/@, recuo diário de 0,8% e 1,7%, respectivamente. Na B3, os contratos encerram a dia de maneira diferente dos outros dias da semana, com valorizações dos contratos futuros, ênfase para dez/23, que ficou precificado em R$ 218,90/@ e valorização diária de 3,28%.
Sem dificuldades em comprar animais, os frigoríficos se aproveitam para manter escalas alongadas e fazer com que o preço do boi gordo siga apanhando no mercado brasileiro. Além disso, a redução no consumo doméstico de carne bovina na segunda quinzena de ago/23 também contribuiu para que os estoques continuassem volumosos, desincentivando os frigoríficos a acelerarem nas compras. A média nacional das programações de abate encontra-se em 10 dias úteis, 1 dia de alta no comparativo semanal.
Milho
Acompanhando a precificação para exportação, o preço comercializado na faixa registra valorização para o nível R$ 53,50/sc em Campinas/SP. Na B3 o cereal registrou a terceira alta consecutiva fechando a semana no campo positivo com suporte da precificação nos portos. O vencimento set/23 (CCMU23) fechou o pregão regular de 18/08 cotado em R$ 54,34/sc, alta diária de 1,29%.
Na CBOT, os futuros de milho registraram o terceiro dia consecutivo de alta, apoiados na indicação de temperaturas acima da média e chuvas abaixo do normal para a segunda quinzena de agosto no meio-oeste dos EUA, e com os agentes também monitorando a demanda pelo cereal norte-americano. O vencimento set/23 valorizou 1,37% e terminou a sessão diurna de 6ª feira (18) cotado em US$ 4,80/bu.
Soja
Os preços da soja andam de lado na maior parte do mercado físico brasileiro, sendo registrado valorizações em regiões pontuais. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é comercializada na faixa de R$ 148,50/sc.
Com os mapas indicando um estresse climático para os próximos dias em importantes regiões produtoras dos EUA, além do movimento positivo dos derivados da oleaginosa, os futuros do grão de soja contabilizaram altas pouco abaixo de 2% durante a última sexta-feira em Chicago. O vencimento nov/23 (ZSX23) acelerou 1,75% e encerrou o pregão regular de 18/08 cotado em US$ 13,53/bu.