Preços do boi gordo sob forte pressão e escalas alongadas
Tensões comerciais, maior oferta de animais e baixo desempenho do mercado interno fragilizam os preços do boi gordo e sobreoferta avança as escalas de abate.
Boi gordo
Em uma semana marcada por sequências de fragilidade no preço do boi gordo, nessa sexta-feira 8 das 9 praças monitoradas registraram queda. O destaque ficou para Minas Gerais, que recuou 1,04% na comparação diária, sendo precificada a R$ 284,38/@. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão em cenário pessimista. O contrato com vencimento em setembro de 2025 recuou 1,63% na comparação diária, sendo negociado a R$ 308,25/@.
Diante de uma semana em que as tensões comerciais induziram diversos frigoríficos a saírem de compras, transferindo essa oferta ao mercado interno, maior oferta de animais confinados a linha de abate e o baixo desempenho do mercado interno observado, os preços do boi gordo ficaram fragilizados. As escalas de abate também foram afetadas, no comparativo semanal foi registrado um avanço de 1 dia útil, finalizando a semana alongada em 10 dias de programação na média nacional.
Milho
O milho encerrou a semana na última sexta-feira (18) em alta no mercado interno, com valorização de 0,73% frente ao dia anterior e a saca cotada a R$ 63,39 na praça de Campinas/SP. Na B3, os contratos futuros do cereal voltaram a se recuperar e fecharam a semana com ganhos acumulados para todos os vencimentos. O contrato setembro/25 (CCMU25), subiu 1,55% em relação ao pregão anterior, encerrando a R$ 65,48 por saca, acumulando alta semanal de 2,5%.
Em Chicago, o cenário também foi positivo. As cotações do milho, que começaram a semana nas mínimas do ano, recuperaram parte das perdas. Apesar das expectativas de safra cheia nos Estados Unidos e da colheita avançando no Brasil, o mercado reagiu às previsões meteorológicas indicando temperaturas elevadas e baixa umidade em regiões importantes do cinturão agrícola americano, justamente no período de desenvolvimento das lavouras. O contrato setembro/25 (ZCU25) avançou 1,62%, cotado a US$ 4,0200 por bushel.
Soja
No mercado interno, a soja fechou a sexta-feira em alta, impulsionada pelo câmbio. A valorização foi de 0,23%, com a saca negociada a R$ 137,37 na praça de Paranaguá/PR. O dólar encerrou o dia em alta, com o contrato de agosto/25 (DOLQ25) subindo 0,81%, cotado a R$ 5,611.
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja subiram pelo terceiro dia consecutivo. O mercado segue sustentado pelos rumores de que a China pode retomar compras da soja norte-americana, somado às exportações acima do esperado no último relatório do USDA. O contrato agosto/25 (ZSQ25) avançou 0,61%, cotado a US$ 10,2775 por bushel.