Mercado físico sentindo a pressão
Enquanto o mercado físico sofre com as quedas nas cotações, o mercado futuro encerrou o dia com altas nos contratos.
Boi gordo
A pressão baixista no mercado físico do boi gordo se manteve por mais um dia. O valor médio da arroba brasileira atingiu R$ 291,89/@, recuo de 0,65% no comparativo diário. Entre as praças pecuárias, a maior desvalorização foi registrada no Paraná, onde a arroba caiu 1,98%, ficando cotada, em média, a R$ 296,50. Na contramão, a B3 encerrou o dia com ajustes positivos, com destaque para o contrato de out/25, que teve valorização de 1,71%, sendo negociado a R$ 336,95/@.
Após anos de estiagem e forte redução do rebanho, a produção de carne bovina australiana atingiu, em 2022, o menor nível em 25 anos, o que também impactou as exportações. A disparada nos preços do boi gordo incentivou a retomada da produção em 2023. Com a recomposição gradual do rebanho, os preços se estabilizaram. Em 2025, o país exportou 438,21 mil toneladas no primeiro quadrimestre — um dos maiores volumes da história recente — impulsionado pela menor oferta nos EUA e pela alta demanda asiática.
Milho 
Por mais um dia, os preços do milho se mantiveram em declínio no mercado interno, com desvalorização de 0,12%, fechou a terça-feira (20) a R$ 72,59 por saca. Na B3, o cenário foi de recuperação nas cotações futuras do milho. Refletindo a valorização dos contratos do ceral na CBOT e o fortalecimento do real frente ao dólar, o contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25), encerrou o pregão regular a R$ 62,97 por saca, incremento de 1,45 % frente ao dia anterior.
Em Chicago o fechamento de mercado foi positivo para as cotações futuras do milho. As cotações acompanharam as cotações do trigo, que refletiram um estoque de passagem mais apertado na Rússia. Além disso, o clima mais seco e quente na China desperta preocupações sobre a produção de milho na China. O contrato julho/25 (ZCN25) encerrou o pregão com elevação de 1,56%, cotado a US$4,55 por bushel.
Soja 
Terça-feira com valorização sutil para a soja no mercado interno, com incremento de 0,04% encerrou o dia com a saca negociada a R$132,73. Para as cotações futuras de soja o dia foi positivo em Chicago. O mercado esteve de olho na situação da Argentina, com inundações na província de Buenos Aires, pode haver ajustes negativos na produção, o que sustentou as cotações de óleo de soja. O grande volume de oferta na américa do sul e o bom ritmo de plantio nos EUA limitaram o movimento de alta. O contrato de soja grão com vencimento em jul/25 (ZSN25) encerrou o pregão com alta de 0,21 %, cotado a US$10,53 por bushel