Milho 

A oferta reduzida e os compradores retraídos são o resumo do mercado do cereal, a visão está em daqui 30 dias quando a colheita de milho começa a ganhar forma no país. A cotação do cereal na B3 fechou o dia estável, mesmo com o dólar recuando 0,75%, a indefinição do tamanho da quebra da safra no país aliada as incertezas sobre a demanda interna fazem a volatilidade crescer.

Com dados de produção de etanol menores do que o esperado, o contrato com vencimento para julho/20 recuou 0,54% na CBOT, voltando a ser negociado abaixo dos US$ 3,20/bu. Os dados de exportação podem movimentar o mercado nesta quinta-feira, no entanto, a expectativa de uma safra grande ainda pesa sobre os preços do cereal norte-americano.

Boi gordo 

Mercado paulista de carne bovina no atacado parado, após o anúncio do municipal n°. 59.450 da PMSP as vendas foram completamente desestabilizadas e ainda é incerto o comportamento da população durante o “feriadão”. A ponta compradora pressiona negativamente as indicações, enquanto quem venda tenta manter os preços. A carcaça casada bovina continua sendo negociada na faixa dos R$ 12,90/kg.

Cenário parecido para o boi gordo, as negociações no físico são lentas. Em regiões em que a disponibilidade de animais prontos para abate aumenta, a indústria passa a fazer ofertas menores, mas ainda sem sucesso. O cenário é de equilíbrio de preços no curtíssimo prazo, a depender do gradual aparecimento de boiada provinda do pasto.

Soja 

E a soja que surfava na alta do dólar vai se distanciando do seu pico, conforme a moeda dos EUA recua de valor frete ao real. Ontem a desvalorização registrada foi de 0,75%, encerrando o dia abaixo dos R$ 5,70, fato que não ocorria a mais de 15 dias. As negociações da oleaginosa nos portos voltaram a acontecer no patamar de R$ 110,00/sc, no entanto, com a instabilidade política ainda permeando o mercado, o dólar ainda não dá sinais completos de calma.

Nos EUA, as cotações da oleaginosa registraram alta conforme a moeda norte-americana se desvalorizava frente ao real, melhorando a competividade da soja dos EUA. O contrato com vencimento para julho/20 registrou valorização de 0,50% ontem, se posicionando em US$ 8,46/bu. A melhora no preço do petróleo também afeta a soja, já que o óleo de soja (biodiesel) ganha mais espaço para ser negociado a valores mais altos.

Agrifatto