Estoques estagnados
Com o baixo escoamento no mercado doméstico, atacado sente a pressão e vê queda no horizonte
Boi Gordo
Sem mudanças significativas, a indústria continua a passos lentos e com isso poucas negociações são efetuadas, grande parte do país sente a pressão baixista com mais força sobre os preços do boi gordo. Em Goiás, a desvalorização do animal terminado foi de 1,6% na comparação diária, ficando cotado a R$ 217,0/@. Na B3, ao contrário do mercado físico, todos os contratos tiveram ajustes positivos, com o vencimento para mar/24 tendo alta de 1,03%, no comparativo diário, ficando cotado a R$ 235,30/@.
Com o escoamento no varejo em “marcha lenta”, o mercado atacadista da carne encontra dificuldades, há oferta de todos os produtos com ossos, porém, não há demanda firme. Para as negociações do fim dessa semana a expectativa é que haja uma queda nas cotações da maioria das mercadorias de pelo menos R$ 0,50/kg. Alguns negócios pontuais de boi inteiro a R$14,00/kg e vaca a R$13,50/kg, já foram fechados.
Milho
O cenário doméstico demonstra estabilidade com pouca atividade, mantendo as cotações no patamar de R$63,00/sc em Campinas/SP. Tímidas oscilações no campo misto foram observadas para os futuros de milho durante a última terça-feira na B3, ponderando a queda da taxa de câmbio e o avanço da colheita da 1ª safra e plantio da 2ª safra do cereal no Brasil, além do movimento positivo dos futuros em Chicago. Enquanto os vencimentos mais longos apresentaram maior sustentação, o contrato mar/24 (CCMH24) variou -0,28% e encerrou o pregão regular de 20/02 cotado em R$ 64,77/sc.
Apresentando correções técnicas de alta após a sequência de quedas diárias e, pegando carona no forte avanço das cotações de trigo nesta terça-feira em Chicago, os futuros de milho finalizaram o dia em território positivo na CBOT. O contrato mar/24 (CH24) valorizou 0,54% e finalizou a sessão diurna de 20/02 cotado em US$ 4,19/bu.
Soja
O cenário do mercado interno para oleaginosa é de fraqueza, com poucas movimentações, com a saca sendo comercializada na casa dos R$ 119,00 em Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja acumularam ganhos no retorno das negociações em Chicago após o feriado. Os agentes seguem atentos às previsões climáticas no Brasil e na Argentina no curto prazo, além da demanda pela oleaginosa norte-americana. Acompanhando a valorização dos futuros do farelo, o contrato futuro de soja para mar/24 (ZSH24) avançou 0,58% e terminou a sessão regular de terça-feira (20) cotado em US$ 11,79/bu.