Milho
As negociações já vinham trabalhando em ritmo lento, mas ganhou um novo fator para a lentidão dos negócios nesta semana, trata-se do risco climático aqui no Brasil.
Com os mapas climáticos indicando um mês de outubro mais seco do que a média para o período, o mercado começa a analisar o risco de um atraso no plantio da soja, o que pode resultar em uma menor janela ideal para a semeadura da safrinha.
E assim, produtores mantêm posicionamento retraído na expectativa de novas valorizações para o cereal.
O último indicador do CEPEA subiu 0,45%, com última parcial em R$ 37,89/sc – o maior valor desde o início de jul/19.
Em Paranaguá, as negociações aconteceram ao redor de R$ 37,50/sc para entrega no próximo mês, ganhando R$ 0,50/sc após altas cambiais.
No Mato Grosso, a principal movimentação acontece para consumidores domésticos, mas ainda com baixo volume de acordos feitos. As negociações ao sul do estado acontecem ao redor de R$ 26,00/sc (FOB) para retirada imediata.
Boi gordo
No início desta semana foram divulgadas as exportações de carne bovina in natura nos 10 (dez) primeiros dias úteis de setembro/19, contabilizando um volume total de 59,30 mil toneladas e uma receita de US$ 253,06 milhões.
Se o ritmo diário se repetir, serão exportadas 124,52 mil toneladas de carne bovina in natura neste mês, o que representaria queda de 1,51% frente a quantidade embarcada em agosto/19, além de recuo de 17,34% na comparação com o mesmo mês em 2018.
Aliás, o Mato Grosso do Sul, de janeiro a agosto, exportou 117 mil toneladas de carne bovina in natura, crescimento de 46% em relação ao mesmo período de 2018.
Os Emirados Árabes Unidos figuram como os principais destinos da carne brasileira, onde a Ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, esteve nesta semana a fim de estreitar ainda mais as relações comerciais entre os dois países.
Ontem (18/set), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 157,90/@, queda de 1,56% no comparativo diário.
Soja
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou ontem (19) novas vendas de soja norte-americana, o volume embarcado ficou em 1,72 milhão de toneladas na última semana (até o dia 12).
A quantidade se mostra 47,6% superior em relação à semana anterior, além disso, a China foi responsável pela aquisição de 34,3% das exportações americanas, foram 593 mil toneladas importadas pelo país asiático.
As compras Chinesas são sinalizações positivas para uma trégua na disputa sino-americana, embora assuntos mais delicados, como transferências de tecnologia e propriedade intelectual, possam limitar avanços nas negociações.
No mercado doméstico, as valorizações cambiais são fatores positivos a precificação, a alta de 1,39% colocou o dólar em R$ 4,16, puxado pelos novos cortes nas taxas de juros aqui e nos Estados Unidos.
Por outro lado, os prêmios seguem mais fragilizados, reduzindo o suporte de preços para a soja brasileira. Para embarques pelo porto de Paranaguá em novembro/19, as indicações dos prêmios ficam ao redor de US$ 0,90/bushel.