Milho

O Ministério da Economia divulgou ontem (19) o seu novo relatório de exportações semanais, com o milho mostrando desempenho bastante positivo.

O país embarcou 4,29 milhões de toneladas até a primeira metade de agosto (no ano passado, as exportações completas neste mês ficaram em 2,82 milhões de tons).

O ritmo médio diário de envio nas duas primeiras semanas deste mês ficou em 358 mil toneladas, alta de 30% em relação ao mês anterior (que já registrou um recorde de exportação mensal), e avanço de 191% frente a agosto/18.

Se os embarques preservarem o desempenho atual, o país poderá renovar seu recorde de envio mensal, com quantidade próxima a 7,5 milhões de toneladas.

Além disso, os futuros para o milho na B3 seguem as variações em Chicago, com as altas na primeira hora do pregão hoje (20) recuperando as perdas da véspera.

A movimentação é basicamente técnica, com as cotações na B3 mantendo um intervalo de preços desde as quedas causadas pelo relatório de oferta e demanda do USDA na última semana.

Boi gordo

O Ministério da Economia divulgou ontem (20/ago) as exportações de carne bovina in natura referentes aos 12 (doze) primeiros dias úteis de agosto/19, com embarques de 68,33 mil toneladas e uma receita de US$ 287,5 milhões.

A média diária registrada ficou em 5,69 mil toneladas, crescimento de 1,45% em relação à média do mês anterior. Se o ritmo diário continuar, o Brasil poderá exportar 125 mil toneladas no mês de agosto.

No mercado doméstico, apesar da maioria das negociações continuarem respeitando um intervalo de preços nas últimas semanas, observa-se predomínio dos valores mais altos na composição da média, mostrando um mercado gradualmente mais sustentado.

Mas vale atenção ao consumo interno, que tende a ser menor nesta segunda quinzena do mês, cenário que ainda pode manter estabilidade para a arroba no curtíssimo prazo.

Ontem (19/ago), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 156,60/@, queda de 0,39% no comparativo diário.

O contrato para outubro/19 fechou em R$ 158,80/@ – recuo de 0,10 pontos ante o fechamento anterior.

Soja

Os dados registrados pelo Ministério da Economia mostraram recuo das exportações com a soja em grão nas últimas semanas.

O país somou nos 12 primeiros dias úteis do mês, envio de 2,73 milhões de toneladas, com o ritmo diário em 227,6 mil toneladas. Trata-se de um desempenho 33% menor em relação ao registrado no mês anterior, além de recuo de 35% frente a agosto/18.

Os menores volumes registrados recentemente aconteceram pela disputa comercial entre EUA e China, já que operadores do mercado aguardavam novos desdobramentos da retórica sino-americana.

Mas na última semana, com o agravamento das relações entre os dois países, e combinado com a desvalorização do real ante o dólar, relatou-se fortes compras chinesas da soja brasileira, volumes que devem ser refletidos nos próximos relatórios.

Em Chicago as cotações mostram um reajuste positivo das posições, embora as cotações ainda se mantenham em canal de baixa.

Já as cotações brasileiras seguem mais sustentadas, especialmente pelas valorizações do câmbio e fortalecimento dos prêmios. Em Rio Verde, a soja subiu 2,2% ao longo da semana, com última parcial em R$ 73,50/sc (CEPEA).