Entrada da safra norte-americana de soja e milho
Colheita norte-americana avança acima das referências de 2022 e incertezas quanto à demanda mantém as cotações pressionadas em Chicago. Investidores monitoram as decisões sobre juros no Brasil e nos EUA nesta quarta-feira
Milho
Com os negócios ocorrendo em baixa liquidez e as atenções voltadas para as atividades de campo, o preço do milho segue de lado no mercado brasileiro e, em Campinas/SP, o cereal é negociado a R$ 54,00/sc. Apesar do movimento positivo das cotações externas da commodity e também da taxa de câmbio, os futuros de milho acumularam perdas durante a última terça-feira na bolsa brasileira, ponderando o cenário confortável de oferta no mercado doméstico. O vencimento nov/23 (CCMX23) recuou 0,64% e fechou o pregão regular de 19/09 cotado em R$ 57,03/sc.
Na CBOT, valorizações próximas a 1% foram registradas para os futuros do cereal durante a última terça-feira, apresentando movimentos de correção técnica de alta e com os participantes atentos à situação logística nos EUA em virtude das condições climáticas por lá. O contrato dez/23 (CZ23) variou +1,01% e terminou o pregão regular de 3ª feira (19) cotado em US$ 4,76/bu.
Boi Gordo
O mercado físico operou com boa liquidez e seguiu a toada de alta nas cotações das últimas semanas. A dificuldade de compra das indústrias seguiu por mais um dia e dá força para as altas. Em Goiás, o bovino para abate encerrou esta terça-feira (19/09) cotado a R$ 196,30/@, alta de 4,1% e 4,8%, no comparativo diário e semanal, respectivamente. Na B3, os futuros tiveram movimentações positivas para todos os contratos e o vencimento para out/23 ficou precificado a R$ 237,40, alta de 1,17% na comparação diária.
O mercado de carne se manteve firme, mesmo no início da segunda quinzena (período de redução no escoamento do varejo), o mercado flui com relativa facilidade. Diante deste cenário, os frigoríficos pretendem aumentar os preços dos produtos de carne com osso, tanto para consumo quanto para industrialização. A carcaça casada do macho castrado segue precificada a R$ 14,50/kg e o inteiro a R$ 14,00/kg, na comparação diária.
Soja
O recuo de preços no mercado internacional e as desvalorizações recentes do dólar resultaram em quedas para a soja no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é comercializada a R$ 144,00/sc.
Os futuros do grão de soja acumularam pequenos recuos durante o dia de ontem (19) em Chicago, onde o mercado monitora a competitividade da oleaginosa norte-americana e o início da colheita no país, além do plantio de soja no Brasil onde o cenário de chuvas é positivo no curto prazo. O vencimento nov/23 (ZSX23) finalizou a sessão diurna de terça-feira a US$ 13,16/bu, queda diária de 0,09%.